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Solenova assina contrato para reforçar a rede pública de energia

A Solenova (uma participada da Sonangol) e a Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT) assinaram um contrato para o fornecimento de energia eléctrica da Central Fotovoltaica de Caraculo, Namibe, em construção desde Maio último, para beneficiar as indústrias e populações locais.

Uma nota da Sonangol enviada, ontem, à nossa Redacção indica que o acordo foi assinado na sexta-feira, em Luanda, pelos presidentes dos conselhos de administração das duas companhias, Germano Sacavumbi e Rui Gourgel, respectivamente.

O líder da Solenova, uma joint-venture detida em partes iguais pela Sonangol e a italiana ENI, Germano Sacavumbi, é citado a afirmar que esta é apenas a primeira de outras parcerias que se pretende estabelecer para o fornecimento de energia fotovoltaica, sendo secundado pelo presidente da RNT a declarar a “visão pioneira” da aposta da Sonangol nas energias renováveis.

A Central Fotovoltaica de Caraculo, um projecto inserido na estratégia de transição energética da petrolífera nacional angolana, terá a capacidade total de 50 megawatts (MW), a ser implementada em duas fases, sendo a primeira de 25 MW, com previsão de entrada em funcionamento para o primeiro trimestre de 2023.

Informações disponíveis na nossa Redacção indicam, que a construção da Central Fotovoltaica do Caraculo está a encargo da Saipem, uma empresa italiana de engenharia e construção de projectos de energia.

O projecto, localizado numa zona desértica não habitada, vai contribuir para a redução do consumo de gasóleo para a produção de electricidade, assim como apoiar a transição energética e a diversificação da matriz energética em Angola.

Em termos de benefícios ambientais específicos, a Central Fotovoltaica de Caraculo é capaz de reduzir 50 KtCO2eq/ano de emissões de gases de efeito de estufa.

A Sonangol está a aplicar a decisão de passar de um de empresa nacional de petróleo (NEP) para empresa nacional de energia (NEC), no processo de adopção das noções da transição energética pela companhia.

Nessa acepção, além da Central Fotovoltaica do Caraculo, a companhia constituiu uma sociedade com a francesa TotalEren e a Greentech Angola, para concluir a Central Solar Fotovoltaica da Quilemba, no Lubango, com capacidade para gerar 35 MW.

Transição energética

Os maiores projectos de produção de energia solar estão, entretanto, a ser liderados pelo Ministério da Energia e Águas, em Benguela, onde, em Julho, inaugurou a Central Fotovoltaica do Biopio, com capacidade para gerar 188,8 MW, e da Baía Farta, de 96,7 MW.

Estes projectos enquadram-se nos objectivos do “Angola Energia 2025”, um plano de longo prazo do Governo para o sector energético que tem, como principal objectivo,  proporcionar à população o acesso a serviços básicos de energia, contribuindo, também, para a realização dos objectivos do “Plano de Acção do Sector de Energia”, do Governo.

A estratégia institucional angolana estabelece, a médio prazo, uma meta de 500 MW adicionais de energia renovável (solar, eólica, biomassa e hídrica) até 2022, com um enfoque específico em projectos solares à escala de utilidade pública.

Presidentes dos Conselhos de Administração da  Sonangol, Gaspar Martins, e da Azule Energy (associação entre a ENI e a britânica BP), Adriano Mongini, participaram no acto da assinatura, de acordo com o documento.

Fonte:JA

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