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Angola estabelece contactos para acelerar projectos socioeconómicos

 A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, afirmou, esta segunda-feira, em Washington (EUA), que a participação da delegação angolana nas reuniões anuais de Bretton Woods permitiu estabelecer contactos e traçar/desenhar as linhas de trabalho para o próximo exercício económico. 

Em declarações à imprensa, no âmbito das reuniões anuais do Banco Mundial (BM) e Fundo Monetário Internacional (FMI), decorrido de 10 a 16 deste mês, em Washington, a governante sublinhou que o evento serviu, igualmente, para identificar e fazer revisão da carteira de financiamento para Angola, visando melhorar e acelerar os projectos em curso no país. 

Em cooperação com o grupo BM, FMI Fundo e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a ministra avançou que o Governo angolano vai prosseguir com a preparação do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) e definir acções que visam reforçar a assistência técnica, assim como negociar o financiamento a ser mobilizado para os projectos concretos alinhados com a visão do PDN 2023-2027. 

Em relação à possível recessão económica mundial, prevista para os próximos meses, sublinhou que os participantes ao evento apelaram aos agentes económicos a aproveitarem este momento como uma oportunidade para desenvolver a criatividade empreendedora. 

“Acreditamos que cada desafio é acompanhado com uma oportunidade, por isso, é chegada a hora de sermos todos criativos e capitalizar a veia empreendedora dos cidadãos, tendo em conta o momento turbulento que o mundo atravessa, devido ao impacto negativo da pandemia Covid-19, da guerra entre Rússia e Ucrânia, assim como a constante inflação mundial”, afirmou. 

Por outro lado, Vera Daves de Sousa esclareceu que o país antecipou o pagamento da dívida pública com um dos maiores credores, no quadro dos acordos assinados, que permitem antecipar os pagamentos, caso o preço do barril do petróleo esteja acima dos 60 dólares norte-americanos. 

Esse mecanismo, avançou, visa retirar alguma pressão económica que o país poderá enfrentar em 2023, diminuindo o peso do serviço da dívida pública em anos subsequentes e ter espaço para reforçar as despesas em sectores chaves da sociedade angolana. 

Referiu que a vigência desses acordos termina em Dezembro de 2022 e o Estado terá de pagar as prestações de capital relacionadas com o financiamento dos respectivos credores (dois bancos).   

Com isso, adiantou, o país terá mais folga financeira em 2023, permitindo usar as receitas fiscais do exercício económico para financiar o Orçamento Geral do Estado (OGE). 

Durante sete dias, a delegação angolana desdobrou-se e participou em encontros e fóruns com investidores, entidades da banca, instituições multilaterais, assim como em reuniões estatutárias.

Fonte: Angop

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