Talatona – A consultora de Comunicação em Saúde Ludmila Rangel defendeu ,esta sexta-feira, em Luanda, melhorarias na comunicação entre os profissionais de saúde e os utentes com vista a se atingir o grau de humanização e aproximação desejado pelo sector.
De acordo com Ludmila Rangel que abordava o tema” Melhorias na Comunicação entre Profissionais e Pacientes”, o atendimento humanizado é uma forma de criar um vínculo forte entre a área da saúde e os pacientes, com a empatia necessária para tornar a relação segura e fortalecida.
Sublinhou que 90 por cento dos erros médicos ,registados nas unidades hospitalares, estão relacionados a falha na comunicação, por constituir uma barreira no sector da saúde, que quebra a empatia e o acolhimento .
Para a mentora do Projecto “Saúde em Roda de Conversas”, deve-se trabalhar na base, no momento em que o doente entra para uma urgência hospitalar, o funcionário deve reunir um leque de informações e instruções para prestar um atendimento adequado ao paciente.
Segundo a consultora, a maneira de olhar do médico, muitas vezes, inibe o paciente de questionar sobre a sua situação de saúde e leva o mesmo, a sair do consultório com dúvidas em relação a sua patologia.
De maneiras a se colmatar a referida problemática, Ludmila Rangel informou que a sua organização vai realizar seminários de capacitação de forma contínua aos profissionais com vista a superar a situação.
Para o especialista em Saúde Pública Jeremias Agostinho não deve haver discrepâncias na comunicação existente entre os profissionais de saúde nos hospitais públicos e privados.
Considerou que o mesmo acolhimento dado pelos profissionais nas clínicas privadas, deve ser prestado também nas unidades públicas, por se tratar de vidas humanas.
Jeremias Agostinho disse ainda que a humanização passa pelo processo do médico fidelizar o paciente, pedindo desculpas em caso de atraso e ter paciência de conversar com o paciente sobre a patologia em causa.
Trata-se da primeira edição do projecto Saúde Roda em Saúde, que é uma iniciativa que pretende dar resposta e soluções às crescentes queixas dos pacientes sobre a falta de humanização por parte dos profissionais das ciências médicas.
O certame contou com a presença de médicos angolanos e brasileiros.
Angop