Outubro 7, 2024

A comissária da União Africana (UA) Josefa Sacko afirmou, segunda-feira, que há engajamento para encontrar medidas de “aceleração” para garantir a cada cidadão angolano ou africano, de modo geral, o Direito à Nutrição e à Alimentação sem constrangimentos.

No segundo dia da 5ª Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Avançados (PMA), a comissária da UA lembrou que o direito à Nutrição e Alimentação está consagrado como Direito Fundamental, Humano e Universal “de não deixar ninguém com fome extrema”.

Josefa Sacko considerou a 5ª Conferência de extrema importância, numa fase em que está a ser também concluída a “Década das Agendas”. “Temos a Agenda 2063, o Plano de Acção de 10 anos e o fim da Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável. Faltam apenas sete anos para se avaliar o grau de implementação da Agenda 2030 em termos de Segurança Alimentar, Pobreza, Questões Climáticas e Comércio. É uma Agenda com 19 Objectivos, onde nos devíamos guiar ou alinhar as nossas políticas nacionais para sairmos do Grupo de Países Menos Desenvolvidos para Países Intermediários”, apontou.

Para a representante da União Africana, essa transição é muito importante para os países do continente africano. Do total de países constantes no Grupo dos PMA, sublinhou, 33 são africanos, dos quais cinco são insulares.

Os relatórios internacionais, quer ao nível da FAO sobre a Segurança Alimentar ou ainda do Banco Mundial e PNUD, entre outros, mostram que o continente não registou progressos na implementação das duas Agendas. “Atravessamos um período muito difícil, com a crise alimentar, mas o que piorou ainda mais a situação é o conflito que opõe hoje a Ucrânia à Rússia, devido à nossa dependência. Porque um continente como o nosso, com 60 por cento de terras aráveis, e uma taxa de jovens mais alta, mão de obra e recursos hídricos, não tinha necessidade de chegar a esse extremo”, realçou.

Os países africanos precisam de ser mais dinâmicos nos programas de desenvolvimento. “Senão, não vamos a lado algum e essa geração, que é a nossa, não vai deixar legado para a futura. Estamos preocupados com o problema do continente, a falta de investimento de alguns programas, mas não podemos ser sempre pedintes. Temos recursos e precisamos começar”, frisou.

JA

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