Entre os exemplos, antigos trabalhadores apontam o caso das fábricas ‘Alimentos Saborosos’ que alegadamente consome pelo menos 1.800 vezes acima do que paga. Future Group SA també entra nas contas com um consumo 570 vezes a mais do que a quantidade contratualizada.
O Grupo Noble é suspeito de consumir cerca de 113 milhões m3 de água para as necessidades de pelo menos sete unidades empresariais, quando tem contrato para apenas cerca de 13 mil m3 para quatro unidades, ou seja menos de 1% do que efectivamente consome, beneficiando de um alegado esquema que envolverá trabalhadores da Epal.
As unidades estão localizadas nas imediações do Canal do Kikuxi, no município de Viana, em Luanda. São seis fábricas, um bar e um condomínio que acolhe cerca de 100 pessoas. Na sequência da denúncia de um grupo de antigos trabalhadores, o Valor Económico deslocou-se ao local, onde verificou quatro ligações mas, como referem as fontes, “nem todas são legais”.