Outubro 7, 2024

Não há, na sua imensa comunidade de parentes, amigos e conterrâneos, uma só pessoa que diga a Joel Leonardo que o masoquismo não lhe livrará o pêlo?

Depois do selo da PGR, que lhe proíbe o acesso ao gabinete desde sexta-feira passada, é verdadeiramente patético o comunicado que um grupinho do Conselho Superior da Magistratura Judicial fez segunda-feira questionando o exercício do Ministério Público.

É vergonhoso que Joel Leonardo se oculte atrás do CSMJ para se defender. As diligências do Ministério Público foram necessárias porque impendem sobre o presidente do Tribunal Supremo pesadas suspeitas de cometimento de crimes de peculato, corrupção, extorsão e outros.

Se o tivesse considerado as abundantes evidências de irregularidades praticadas por Joel Leonardo, o CSMJ ter-se-ia adiantado e, com isso, evitado a pouca vergonha que anda por aí.

Estranhamente, o CSMJ ficou quieto perante denúncias e reclamações de arguidos e advogados, que se dizem lesados por actos de Joel Leonardo, e, por via desse silêncio, tornou-se cúmplice dele.

Na qualidade de “Órgão Constitucional, com competência de Gestão e Disciplina da Magistratura Judicial”, o CSMJ não deveria assobiar para o lado perante a enxurrada de denúncias despejadas sobre o seu presidente.

Como mais vale tarde do que nunca, o CSMJ, mesmo tarde, ainda vai a tempo de sugerir a Joel Leonardo a ter um pingo de vergonha na cara. Ele ainda vai a tempo de sair pelo próprio pé.

Ou não aprendeu a lição da “comadre” dele do Tribunal de Contas?

Com a sua omissão, o CSMJ está a deixar-se cobrir pela lama que salpica do charco em que o nosso homem da Caconda se atolou até ao pescoço.

Não há por aí ninguém que empreste um bocado de vergonha ao brigadeiro, feito, sabe-se lá porquê, juiz conselheiro presidente do Tribunal Supremo?

Por Graça Campos, in Facebook

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