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PIB nacional vai crescer 3,6 por cento

Angola prevê um crescimento económico de 3 por cento em 2023, com uma subida do Produto Interno Bruto (PIB) para uma média superior a 3,6 por cento entre 2023 e 2027, anunciou, recentemente, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João.

Com dados económicos do primeiro trimestre do ano, o ministro destaca que o crescimento económico em Angola vai ser impulsionado, principalmente, pelo desempenho do sector petrolífero.

Espera-se, contudo, que o crescimento do sector petrolífero, durante o período de previsão (2023-2027), seja em média de 1 por cento, enquanto o sector não petrolífero deve crescer 4,6 por cento.

De acordo com o ministro Mário Caetano João, a diminuição da produção de petróleo e o impulso fiscal reduzido devem moderar o crescimento económico angolano em 2023, ficando ligeiramente abaixo do crescimento populacional projectado para o país e que é de 3,1 por cento.

Apesar desta contracção, as recentes descobertas no país deverão atrair mais investimentos para o sector petrolífero de Angola. Isso já está, aliás, claramente expresso nos esforços de exploração de petróleo e gás feitos pela ExxonMobil, uma das maiores companhias mundiais do sector, e que resultou na descoberta de 30m de arenito de alta qualidade contendo hidrocarbonetos.

E no ano passado, outra das grandes empresas mundiais de energia, a Total Energies, anunciou a intenção de investir 3 mil milhões de dólares em Angola em projectos relacionados com a exploração de petróleo.

Com a economia do país intrinsecamente ligada à procura global de petróleo, a subida do preço do barril, em 2022, possibilitou uma valorização do Kwanza em 26,2 por cento, enquanto que o alargamento da tributação fiscal serviu para fortalecer a procura interna e gerar um crescimento do consumo privado, na ordem dos 5 por cento.

As reformas económicas implementadas em Angola nos últimos cinco anos permitiram ao país melhorar a gestão macroeconómica e a governação do sector público.

A estabilidade económica assenta em vários factores, como sejam um regime cambial mais flexível, a autonomia do banco central, políticas monetárias favoráveis ao investimento e uma consolidação fiscal com alargamento da base tributária.

A promoção de uma maior participação do sector privado na economia angolana tende a aumentar a estabilidade financeira, reduzindo, em simultâneo, o impacto da volatilidade que as conjunturas internacionais provocam no sector petrolífero.

O Banco Mundial sublinha que, para que Angola transforme a sua economia rumo a um modelo mais sustentável, inclusivo e liderado pelo sector privado, o país necessita de um forte compromisso político para modernizar e diversificar a sua economia estatal – que é financiada pelo petróleo  de forma a melhorar a gestão macroeconómica e a governança do sector público.

Ainda assim, os próximos projectos de gás natural e de energia renovável oferecem oportunidades de diversificação, permitindo que a economia angolana cresça com energia sustentável.

Plataforma de investimento

As perspectivas económicas de Angola, as tendências da procura e oferta nos mercados de petróleo e os esforços de diversificação, que já estão em curso, terão todos os seus contornos revelados durante a edição deste ano do principal evento de energia no país, Angola Oil & Gas (AOG), que vai decorrer em Luanda, em Setembro.

Organizado pela Energy Capital & Power (principal plataforma de investimento para o sector de energia), o “AOG” regressa em 2023 para a sua quarta edição, reunindo ministros africanos de energia e petróleo, investidores globais, líderes de opinião, analistas de mercados, empreendedores, autores de projectos e empresas de serviços, que vão debater o futuro da energia angolana.

Com base na parceria de longa data deste evento com o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás da República de Angola, e com a petrolífera nacional, Sonangol, o “AOG 2023” constitui a plataforma ideal onde, além das discussões globais e sectoriais, serão assinados acordos que irão moldar a trajectória do futuro energético de Angola.

JA

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