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Vice-Presidente da República informada sobre o Programa Espacial de África

A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, foi, quarta-feira, informada sobre o Programa Espacial em África e o seu impacto nos países africanos, durante uma audiência com membros do Conselho de Ministros do Centro de Ciências da África Austral para Mudanças Climáticas e Gestão Adaptativa dos Solos (SASSCAL).

No final da audiência, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, disse tratar-se de uma Organização Regional de iniciativa dos países da África Austral, com suporte financeiro do Governo alemão e que trabalha na capacitação dos países no combate às alterações climáticas e gestão adaptativa da terra.

Maria do Rosário Bragança, que falava na qualidade de presidente do SASSCAL, considera importante a integração de Angola nessas iniciativas multilaterais e que proporcionam capacitação humana e infraestrutural relacionadas com a ciência e tecnologia.

Participaram na audiência vários membros da organização, com destaque para o coordenador do Programa de Monitoramento da Segurança Ambiental para África, financiado pela União Europeia e pela União Africana.

O referido programa, segundo a ministra, permite a capacitação de jovens de países africanos em matérias ligadas à Agência Espacial,  relativamente à observação da terra e oferece todos os meios para o controlo dos recursos marinhos das zonas transfronteiriças e costeiras.

Maria do Rosário Bragança recordou que está prestes a terminar o workshop regional iniciado na segunda-feira, sob iniciativa do SASSCAL e do Conselho de Investigação Científica e Industrial (CSIR). Na formação participam 34 formandos de países da África Austral e Ocidental, entre os quais 12 angolanos.

Questionada sobre os projectos aprovados em 2020, onde constavam alguns direccionados para Angola, a ministra do Ensino Superior limitou-se a responder que o SASSCAL já vai na segunda fase de projectos de investigação científica. Os projectos de Angola, prosseguiu Maria do Rosário Bragança, não são especificamente de Angola, têm a colaboração de outros países. “Seguramente, com esta participação, os investigadores angolanos estão a fazer jus à  contribuição financeira que o Governo angolano tem dado ao Centro de Ciências da África Austral para Mudanças Climáticas e Gestão Adaptativa dos Solos”, disse.

No quadro desta contribuição, Angola tem o seu compromisso financeiro assumido até 2024. Existem vários projectos, assim como estudantes angolanos a participar no programa de doutoramento, no âmbito do SASSCAL,  em universidades da vizinha Namíbia.

 Programa vive uma fase histórica

O coordenador da Comissão da União Africana, Tidiane Outtara, disse que o Programa Espacial em África vive uma fase histórica muito importante.

O responsável felicitou o Governo angolano por colocar a ciência, tecnologia e a inovação no centro das questões relacionadas com o desenvolvimento, não apenas do país, mas de África, de modo geral.

“Queremos também agradecer ao Centro da África Austral para Ciências e Serviços para Adaptação às Alterações Climáticas e Gestão Adaptativa dos Solos, bem como ao Conselho de Investigação Científica e Industrial da África do Sul, por serem instituições parceiras desta iniciativa e que muito promovem acções em relação ao desenvolvimento regional do continente africano”, disse.

Tidiane Outtara está em Luanda devido a realização de um workshop relacionado com o monitoramento global para o ambiente e segurança para África. Trata-se de um workshop que utiliza imagens espaciais não apenas para dar soluções às questões de monitoramento das áreas costeiras e marinhas, mas, também, para zonas terrestres no geral.

Outtara disse que no encontro com a Vice-Presidente da República tiveram a oportunidade de abordar sobre os grandes recursos minerais do continente africano, tendo esta destacado a capacitação e a valorização dos recursos humanos. “Estamos muito felizes por termos ouvido o conselho da Vice-Presidente da República, que coloca no centro da agenda o desenvolvimento do capital humano, para o desenvolvimento do continente”, referiu.

JA

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