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Sílvia Lutucuta defende reabilitação da Escola Nacional de Saúde Pública

A Escola Nacional de Saúde Pública vai beneficiar, dentro de dias, de uma reestruturação profunda, desde a infra-estrutura até ao alinhamento dos conteúdos programáticos, para que possa estar à altura dos desafios que o país tem estado a enfrentar. A informação foi dada ontem, em Luanda, pela ministra da Saúde.

Sílvia Lutucuta disse que, apesar do projecto de reabilitação da escola constar da agenda do Executivo, o incentivo para materializá-lo, no médio e curto prazo, está entre as recomendações da representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Djamila Cabral, que na sexta-feira terminou a missão no país.

O processo de reabilitação total da Escola Nacional de Saúde Pública, adiantou, vai contar com o apoio da OMS e outros parceiros, “que têm ajudado o Governo angolano na melhoria contínua do Sistema Nacional de Saúde”. 

A par da melhoria da referida escola, comunicou, o Ministério de Saúde tem em curso um processo de formação acelerada de quadros em várias áreas, onde estão envolvidos mais de três mil médicos, cuja atenção maior recai, entre outras especializações, aos médicos de família.

A ministra disse que está em curso na Faculdade de Medicina, da Universidade Agostinho Neto, um curso de mestrado em Epidemiologia, enquanto decorre, ao mesmo tempo, na academia BAI, o mestrado em Gestão de Saúde, para os directores dos principais hospitais do país.

“Vamos começar já com as especializações de Enfermagem e dos técnicos médios em Saúde Pública, e na formação pós-médica em Puericultura e Saúde Materna, para permitir que tanto as mulheres, crianças e adolescentes possam ter uma melhor assistência, desde os cuidados primários até aos níveis mais elevados de assistência médica.

 Final de mandato

Em relação à representante da OMS em Angola, que ontem terminou a missão no país, Sílvia Lutucuta disse que o Ministério da Saúde teve uma relação muito próxima com Djamila Cabral, que durante os três anos em serviço no país facilitou, de forma significativa, o intercâmbio do sector com outras agências das Nações Unidas.

A titular da pasta da Saúde salientou que o país soube aproveitar ao máximo a experiência trazida por Djamila Cabral dos vários países onde trabalhou como representante da OMS, facto crucial no complemento de certos aspectos do Sistema Nacional de Saúde, que necessitavam de alguns alinhamentos e instruções mais experimentadas.

 O adeus de Djamila Cabral

Em jeito de despedida, a representante da OMS em Angola, Djamila Cabral, agradeceu ao Governo angolano pelo apoio prestado, durante os três anos de serviço no país, e disse que trabalhar em Angola foi uma experiência enriquecedora, cheia de desafios, mas também muito gratificante.

“Parto satisfeita, porque Angola está numa situação mais estável, não só do ponto de vista do controlo da Covid-19, mas também de todas outras acções que o Governo tem estado a implementar com muito mais intensidade. Penso que o país tem tudo para dar certo, pois possui recursos, capacidades e as condições para obter bons resultados e acelerar a melhoria do estado de saúde da população”, adiantou.

Em relação à Escola Nacional de Saúde Pública, a alta funcionária da OMS disse ser importante que o projecto de reestruturação da instituição avance, porque só assim o país vai ter uma massa crítica de profissionais de Saúde Pública, capazes de contribuírem para o melhor estado de saúde da população.

Outra recomendação deixada por Djamila Cabral é a actualização da Lei de Base da Saúde e do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável, por estes serem instrumentos fundamentais e incondicionais para orientar a acção de todos os actores da Saúde no país.

“O Executivo angolano precisa incluir estes instrumentos nos desafios e realidades actuais, porque só assim poderemos estar seguros e colocar o país num bom caminho rumo a uma Angola mais saudável para todos”, finalizou.

JA

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