Lubango – O controlo das perdas de água, através do balanço hídrico do Lubango, está entre os desafios do quinquénio da Empresa Provincial de Águas (EPAS) da Huíla.
O objectivo é aumentar a quantidade e a qualidade da água a ser distribuída à população.
O balanço hídrico é uma ferramenta importante para avaliar a disponibilidade de água em uma determinada região e para planificar o uso sustentável desse recurso, pois permite entender como a água se move no ambiente e como ela pode ser utilizada de forma mais eficiente e racional.
A informação foi hoje, sábado, avançada à ANGOP, pela Presidente do Conselho de Administração da instituição, Domingas Chikussi, que realçou ser uma ferramenta que a EPAS da Huíla pensa começar a utilizar, embora tenham uma rede mais obsoleta em relação ao Namibe que já utiliza o balanço hídrico.
Destacou ser importante que toda água produzida nos aquíferos seja direccionada ao consumidor, pois com essa ferramenta, os cálculos são feitos através de uma equação que considera as precipitações, a evapo-transpiração e a quantidade de água que pode ser utilizada, tanto para a irrigação, como a que pode ser armazenada em reservatórios.
Lamentou que ainda se registe perdas de água, na ordem dos 60 por cento, desde as condutas até à reserva e consequentemente afecta o consumidor final, situação agravada pelo estado antiquado dos reservatórios.
Por esta razão, detalhou que continuam a pressionar, para que os novos em construção sejam efectivados o quanto antes, para desactivar os antigos que datam de 1949.
“O nosso maior desejo é podermos dar resposta ao cliente, com abastecimento de água de forma contínua e não com restrições como estamos a fazer, nós sentimos que ainda não conseguimos atender a demanda, porque temos essa carência no fornecimento aos clientes”, frisou.
O mínimo que poderia acontecer, prosseguiu, era dar água no período de pelo menos oito horas e a EPAS Huíla consegue fornecer apenas em seis.
De acordo com a PCA, para cobrir a demanda são necessários os investimentos que estão previstos no sector, que se aguarda que a sua execução aconteça neste quinquénio, cujo programa passa pela construção de barragens, furos, estudos hidrogeológicos para medir os mananciais.
Concluídos esses projectos, referiu que poder-se-á minimizar o défice, pois há uma cobertura actual na ordem dos 23 a 25 por cento, mas a previsão que esses investimentos aumentem para 46, o que vai proporcionar mais 130 mil ligações.