Site icon

Moçambique destaca apoio da SADC e do Rwanda

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, destacou, domingo, em Maputo, o apoio militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Rwanda no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, Norte do país.

Nos últimos tempos, revelou Filipe Nyusi, verifica-se o regresso das populações deslocadas às suas zonas de origem, na sequência do “esforço das Forças de Defesa de Moçambique (FDM) e do apoio de países amigos da SADC e do Rwanda”.

Angola participa da missão militar da SADC, em Cabo Delgado, Norte de Moçambique, com 20 efectivos e uma aeronave do tipo “IL 76” de projecção estratégica.

Nyusi enalteceu o apoio dos países da região e do Rwanda durante o “discurso à Nação”, na Praça dos Heróis, por ocasião dos 48 anos de Independência de Moçambique, celebrados ontem.

Antes do discurso à Nação, o Chefe de Estado moçambicano prestou tributo aos precursores da Independência, depositando uma coroa de flores no monumento aos heróis, onde repousam os restos mortais de Samora Machel, primeiro Presidente de Moçambique, e de Eduardo Mondlane, primeiro presidente da Frelimo, partido no poder.

O Presidente Filipe Nyusi sublinhou, na ocasião, que Moçambique “celebra, pela primeira vez, 48 anos de Independência sem partidos políticos armados”, depois do acto oficial de encerramento, sexta-feira, da última fase do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) na sociedade do braço armado da Renamo, em cerimónia que teve lugar no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo.

Depois de concluída com sucesso a última fase dos Acordos de Paz de Roma, envolvendo o Governo e a Renamo, Filipe Nyusi apontou como desafios urgentes “estancar os focos de violência terrorista que ainda se registam em alguns distritos de Cabo Delgado”.

“Há um combate conjunto. Todo o povo está empenhado no combate ao terrorismo. Vamos juntar forças contra este inimigo, porque não sabemos de onde vem, nem o que quer, mas sabemos que destrói, mata, mutila as populações. Sabemos que há cidadãos que foram recrutados e é preciso recuperá-los”, defendeu Filipe Nyusi.

Depois de saudar os antigos guerrilheiros que tornaram possível a proclamação da Independência do país, Filipe Nyusi anunciou a outorga, ontem, de medalhas distintivas a 1.159 veteranos da Luta de Libertação Nacional, como reconhecimento do Estado pelos seus feitos extraordinários em prol da construção de um país livre e dono do seu próprio destino.

Para o Chefe de Estado moçambicano, quando se assinalam 48 anos após a proclamação da Independência, “a nação deve continuar a privilegiar a paz e a unidade nacional”, dois aspectos fundamentais no quadro dos esforços para o desenvolvimento económico e social.

“Somos todos os convidados a trabalhar para que a paz seja efectiva e duradoura”, observou Filipe Nyusi, acrescentando que, não obstante as dificuldades, o país registou avanços substanciais na produção de milho e de outros bens, no quadro do combate à fome e à  pobreza no país.

Com um crescimento económico que atingiu 4,1 por cento em 2022 e a economia local a ganhar dinamismo num contexto global desafiador, o Presidente Nyusi falou também dos avanços nos sectores da Educação e da Saúde, assim como na formação de quadros qualificados para a administração da Justiça.

Exit mobile version