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Angola condena golpe de Estado e exige libertação do Presidente

O Governo de Angola condenou, quinta-feira, os actos levados a cabo por um grupo de militares no Níger e considera “um grave atentado à ordem constitucional do país e por constituir uma inadmissível violação aos princípios democráticos sobre os quais assenta a legitimidade do poder instituído em 2021, por via de eleições livres e democráticas”.

Em comunicado, o Executivo angolano refere que “tem seguido com particular atenção e preocupação os últimos acontecimentos registados na República do Níger, de que resultou o golpe de Estado perpetrado por um grupo de militares, no dia 26 de Julho de 2023, contra o Governo legítimo nigerino”.

Face a esta grave ocorrência, prossegue o documento, e à luz destes factos, o Governo e o Chefe de Estado angolano, na qualidade de Campeão da Paz e Reconciliação Nacional em África, exigem a libertação imediata de Mohamed Bazoum, Presidente da República do Níger, seus familiares e colaboradores, na convicção de que se consiga criar assim um clima que favoreça, urgentemente, um entendimento nacional e possibilite a reposição da legitimidade democrática no país.

“Manifestamos, de forma inequívoca, o nosso apoio à posição tomada pela CEDEAO, ao condenar com veemência o golpe de Estado, e exortámo-la a encetar todas as diligências necessárias para que se retome rapidamente o funcionamento das instituições legítimas do Estado na República do Níger”, reforça o comunicado, enviado ao Jornal de Angola.

Militares nigerinos anunciaram, quarta-feira à noite o derrube do Presidente Mohamed Bazoum, democraticamente eleito em 2021. A junta militar golpista apresentou-se como Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP). Ontem, até ao fecho desta edição, Mohamed Bazoum continuava refém com a sua família na residência oficial, em Niamey, mas está de boa saúde, de acordo com pessoas que lhe são próximas.

O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, confirmou, ontem, que o homólogo do Benin, Patrice Talon, estava a caminho do Níger como mediador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), após o golpe de Estado que o país sofreu.

A CEDEAO expressou, na quarta-feira, em comunicado, “espanto e consternação” com “a tentativa de tomar o poder pela força” e condenou-a “nos termos mais fortes”.

JA

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