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Embaixador argelino diz ter arquivo para homenagear líderes angolanos

A Argélia pretende realizar uma exposição sobre a época colonial em Angola, com um arquivo de cerca de 30 fotografias de líderes angolanos que marcaram a luta de libertação nacional, avançou, ontem, o embaixador daquele país, Abdelhakim Mihoubi, à saída de uma audiência concedida pela presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira.

“A Argélia possui cerca de trinta fotos da guerra de libertação nacional, entre as quais do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto. Essas fotos são a prova viva das relações históricas existentes entre os dois países africanos e estou a trabalhar nesse sentido, de forma diplomática, para o reforço das relações”, fez saber o embaixador argelino acreditado em Angola.

 Quanto aos laços de amizade entre ambos os povos, Abdelhakim Mihoubi considerou-os “excelentes”, acrescentando que são baseados na cooperação que se reflecte nas acções realizadas pelo Chefe de Estado, João Lourenço, sobretudo, para a pacificação do continente, particularmente no Leste da República Democrática do Congo.

 O embaixador argelino disse, ainda, aos jornalistas, depois da audiência, que a cooperação precisa de ser reforçada, deixando de se cingir ao sector da Educação, no qual há maior impacto com a formação de quadros angolanos, através do acordo entre a Sonangol e a Sonadrac (bolsas de estudo).

 Abdelhakim Mihoubi informou, igualmente, que o encontro serviu para abordar aspectos relacionados com a visita de Carolina Cerqueira à Argélia, em Novembro próximo, a criação de um Grupo Inter-parlamentar de Amizade Angola/ Argélia e um projecto de exposição de fotos sobre a guerra colonial.

Convite para 147ª Assembleia da UIP

O diplomata argelino disse que  o seu país foi convidado, oficialmente, a fazer parte da 147ª Assembleia Geral da UIP, em Luanda, prevista para Outubro. “É uma honra para nós estar entre os países que receberam o convite de Angola para este grande evento da União Inter-parlamentar”, disse Abdelhakim Mihoubi.

 Angola e a Argélia mantêm relações diplomáticas sólidas e amistosas ao longo dos anos, que têm sido fortalecidas através de um diálogo constante, cooperação estratégica e parcerias nas diversas áreas, com destaque para a formação de quadros.

 República Árabe Saharaui Democrática clama por apoios

Ainda ontem, Carolina Cerqueira recebeu, em audiência, o embaixador da República Árabe Saharaui Democrática, Hamdi El Jalil Aall, com quem aprofundou as relações bilaterais do ponto de vista parlamentar.

     Hamdi El Jalil Aall informou  o que ocorre no seu país como membro fundador da União Africana. “O Presidente Agostinho Neto reconheceu a República Árabe Saharaui Democrática. Por isso, Angola é um dos primeiros países que apoiou a nossa luta.  Infelizmente, o nosso país foi vítima de uma acção militar do vizinho Marrocos, com os quais assinamos, em 1991, um plano de paz para a organização de um referendo no Sahara Ocidental, que não aconteceu. Isto significa que ainda existe um conflito entre as duas partes”.

O embaixador lamentou o facto de  tentativas militares retomarem há dois anos e que a África foi chamada a fazer pressão sobre as duas partes, no sentido de se sentarem e encontrarem uma solução que possa respeitar o desejo do povo saharaui à  independência.

Encontro com Monique Oshame Ekpong’s

Já na última audiência, a presidente do Parlamento , Carolina Cerqueira, manteve um encontro com Monique Oshame Ekpong’s, embaixadora da Nigéria em Angola.

 À saída da audiência, a diplomata nigeriana disse que, de entre os assuntos abordados, falaram das boas relações entre os dois Parlamentos e o apoio que o Governo presta às mulheres angolanas e africanas.

 Monique Oshame Ekpong’s acrescentou que as relações entre os dois países continuam a ser as melhores e acrescentou que a Nigéria e Angola têm cooperado em várias áreas, destacando-se o sector da aviação, no qual se implementou a criação de uma frequência aérea entre Luanda e Lagos.

 A embaixadora sublinhou que este facto ajudou muito nas trocas comerciais entre os dois povos, além de apontar também o sector petrolífero, cuja “parceria é muito forte”.

JA

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