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Chefe de Estado participa na Cimeira Extraordinária dos Estados da África Central

O Presidente da República, João Lourenço, desloca-se, hoje, à Guiné Equatorial, para participar numa Cimeira Extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

A reunião de alto nível da CEEAC resulta das consultas mantidas na última quinta-feira, em Oyo, República do Congo, entre os Presidentes João Lourenço e Dennis Sassou-Nguesso, em que foi assumida a necessidade da convocação de uma Cimeira Extraordinária regional com o objectivo de dotar a organização de uma liderança, a fim de evitar o vazio jurídico e de garantir a continuidade das suas actividades, tendo em conta os eventos ocorridos na República do Gabão.

A propósito do clima reinante no Gabão, os Chefes de Estado de Angola, João Lourenço, e do Congo, Dennis Sassou-Nguesso, condenaram, quinta-feira, na localidade congolesa de Oyo, a tomada de poder pela força no Gabão, tendo apelado ao respeito pela integridade física do Presidente Ali Bongo Odimba e de sua família, bem como das altas entidades das instituições do Estado.

Um comunicado de imprensa divulgado no final da visita de trabalho efectuada por João Lourenço a convite do homólogo congolês referiu, na passada quinta-feira, que os dois Presidentes avaliaram os últimos desenvolvimentos relacionados com a mudança inconstitucional de Governo na República do Gabão, protagonizada, na madrugada de quarta-feira, por um grupo de militares, após a divulgação dos resultados eleitorais, que deram vitória a Ali Bongo.

Na ocasião, os Presidentes João Lourenço e Dennis Sassou-Nguesso exortaram a todos os actores a privilegiarem o diálogo político como forma de preservar a paz, a unidade e a serenidade do povo gabonês.

João Lourenço e Dennis Sassou-Nguesso sublinharam as “excelentes relações históricas”, de amizade e de cooperação existentes entre as Repúblicas do Congo e de Angola e decidiram manter consultas regulares sobre questões de interesse comum, contribuindo para a preservação da paz na sub-região.

O estadista angolano deslocou-se à República do Congo a convite do homólogo congolês e na condição de Campeão Africano da Paz e Reconciliação e presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).

 União Africana exige “libertação imediata” do Presidente deposto

A União Africana exigiu o restabelecimento imediato da ordem constitucional e alertou que caso o poder não seja devolvido às autoridades civis vai impor sanções especificas aos militares responsáveis.

A União Africana (UA) exigiu sexta-feira a “libertação imediata” do Presidente deposto do Gabão, Ali Bongo Ondimba, que se encontra em prisão domiciliária desde o golpe de Estado levado a cabo na passada quarta-feira pelos militares.

O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da organização exigiu, através de uma declaração emitida a partir da sede da União Africana, em Addis Abeba, “a libertação imediata e a garantia dos direitos humanos, da integridade pessoal, da segurança e da saúde do Presidente Ali Bongo Ondimba, dos membros da sua família e dos membros do seu Governo”.

O CPS condenou ainda “qualquer detenção politicamente motivada nestas circunstâncias” e sublinhou “a importância de garantir que todos os presos políticos sejam tratados no sistema judicial, tal como previsto na legislação do país”.

No comunicado, em que se divulga as decisões tomadas na reunião de urgência do Conselho para analisar a crise no Gabão, realizada na quinta-feira em Addis Abeba, reitera que a União Africana, tal como já tinha dito, suspendeu o Gabão como membro da organização pan-africana “até ao restabelecimento da ordem constitucional”.

O CPS apelou “ao restabelecimento imediato da ordem constitucional através da realização de eleições livres, justas, credíveis e transparentes, que deverão ser observadas pela União Africana e pela Missão Regional de Observação Eleitoral”.

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