Outubro 7, 2024

Uma comitiva composta por 13 operadores turísticos, investidores e jornalistas estrangeiros da França, Itália e Espanha, constatam desde sexta-feira, nos municípios do Dirico e Rivungo, província do Cuando Cubango, as potencialidades da região angolana do Okavango.

O roteiro que vai abranger principalmente o Parque Nacional do Luengue-Luiana, tem como objectivo promover o turismo e identificar possíveis oportunidades de negócios e atrair mais investidores.

O coordenador da comitiva de investidores, Miquel Ribes, disse logo após a sua chegada ao parque nacional do Luengue-Luiana, que pretendem conhecer a realidade da fauna, flora e cultura da região angolana do Okavango e avaliar como fazer para promover as referidas potencialidades com a parceria da Agência Nacional para a Gestão da Região do Okavango (ANAGERO).

Miquel Ribes garantiu que depois de constatarem as potencialidades que a região oferece, vão continuar a manter contacto com a ANAGERO, para atrair turistas.

Disse que através da sua agência de viajem, denominada KANANGA, com sede em Barcelona (Espanha), irá promover as potencialidades turísticas da região angolana do Okavango, para atrair turistas e potenciais investidores.

“É muito importante para nós conhecermos a região angolana do Okavango, por ser potencialmente rica em biodiversidade”, disse.

Acrescentou que para tal foi necessário empreenderem um grande esforço para saírem de Espanha para Angola, concretamente no município do Rivungo, província do Cuando Cubango.

Um dos integrantes da caravana, Xavier Aldekoa, jornalista do jornal espanhol “La Vanguardia” e da National Geografic, disse estar contente de estar em Angola pela segunda vez com a responsabilidade de promover além-fronteiras as potencialidades turísticas e da biodiversidade.

Xavier Aldekoa realçou que esta oportunidade é única de conhecer e divulgar as potencialidades angolanas por não serem praticamente exploradas, o que suscita uma verdadeira curiosidade por parte de qualquer turista ou operadores turísticos.


Promoção da actividade turística

O administrador técnico da ANAGERO, Dikla Kiala, explicou ao Jornal de Angola que, o grupo de operadores turísticos e potenciais investidores irá entrar no território angolano por estrada pela fronteira de Bwabwata, no município do Dirico (Cuando Cubango) e vai percorrer o roteiro turístico transfronteiriço que interliga as principais áreas turísticas de Bwabwata (Dirico), Jamba, Benorio, Boa Fé e Bico de Angola (Rivungo).

Os operadores turísticos e potenciais investidores querem realizar de forma particular o sonho de visitar a componente angolana do projecto Okavango/Zambeze (KAZA) considerada por muitos o segredo mais bem guardado da natureza em termos de vida selvagem.

“A pretensão é estabelecer uma parceria com a Agência Nacional para a Gestão da Região Angolana do Okavango, para a promoção de visitas turísticas na nossa região  do projecto KAZA”, disse Dikla Kiala.

A região angolana do Okavango, representa o maior potencial turístico e tem despertado o interesse de operadores turísticos e potenciais investidores que desejam conhecer as potencialidades e oportunidades de negócios.

Dikila Kiala considerou que estas visitas de potenciais investidores, são sinónimos do grande interesse do mercado turístico regional pela componente angolana do Okavango, porque muitos turistas estão ávidos de conhecer novos atractivos turísticos e não só, o que a parte angolana actualmente oferece.

Anunciou que nos próximos tempos, a região angolana do Okavango ganhará vários investimentos estrangeiros. Acrescentando que, nesta altura, seis investidores já mostraram o interesse em investir na área, principalmente nos sectores do turismo e agronegócio.

“Temos recebidos muitas solicitações por parte de turistas nacionais e estrangeiros que pretendem investir na região angolana do Okavango, para que ela possa ombrear de igual para igual com outros países integrantes do projecto Okavango/Zambeze, nomeadamente a Namíbia, Botswana, Zimbabwe e a Zâmbia”, destacou.

 
Postos fronteiriços

Fez saber ainda que já existe uma comissão bilateral Angola-Namíbia que está a tratar da construção de quatro Postos Fronteiriços na Região do Okavango, nomeadamente Bwabwata, Bico de Angola, Mucusso e Dirico.

Explicou que a construção dos referidos postos fronteiriços são a condição sine qua nom para o aproveitamento de todo o potencial turístico da região, porque vai permitir que os turistas internacionais circulem entre Angola e Namíbia sem necessidade de uma autorização especial como acontece actualmente.

JA

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