O tenente-coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), Daniel Neto, denuncia que escapou de uma tentativa de assassinato, após ter sido alegadamente perseguido por supostos agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC), por volta das 23h00, deste domingo, 24 de Dezembro, quando se dirigia para sua casa.
O também director-geral da empresa “Konda Marta”, que litiga com altas patentes da Polícia Nacional (PN) e das Forças Armadas Angolanas (FAA), no conflito de terrenos na zona do 11 de Novembro, no município do Talatona, em Luanda, conta que a perseguição se intensificou após ter revelado o envolvimento do nome do ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, na alegada usurpação de terrenos que diz ser propriedade de camponesas.
“Os agentes do SIC abordos de uma viatura, foram até à minha casa e quando tomaram conhecimento de que não estava, ainda assim decidiram permanecer no perímetro até à altura em que cheguei”, contou Daniel Neto.
Na denúncia que faz, o porta-voz dos camponeses disse que, ao chegar próximo de casa e enquanto tentava telefonar para um dos membros de casa para saber do movimento “estranho” à volta da sua residência, ouviu vários disparos em sua direcção e foi perseguido com tiros, pelo que teve que refugiar num dos quintais das 23h00 às 1h00 da manhã.
“Eles fizeram um segundo plano, já que na cadeia não me condenam, então a orientação do Ministério do Interior e do comandante principal é me tirar a vinda”, por isso, clamo aos órgãos de direito para intervir neste assunto senão uma semana é muito para me tirar a vida por defender as camponesas”, clamou, acrescentando que “este é o papel dos nossos governantes”.
Contou por outro lado que, na manhã deste domingo, 24, teria recebido um telefonema de um de alguém do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGA), “com objectivo de me ajudar, afinal era uma armadilha para marcar um encontro a fim de atingir os seus objectivos”.
Segundo Daniel, o grupo tem uma estratégia, que para ele, “passa em me tirar do caminho por defender os interesses dos camponeses”.
Tentamos sem sucesso contactar os Serviços de Investigação Criminal mas sem sucesso.
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