Os problemas cíclico de inundações e seca severa na Região Sul do país têm afectado milhares de famílias, mas em breve, poderão conhecer o fim com a fase de conclusão do Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA).
O Executivo angolano tem vindo a desenvolver um programa específico de acções estruturantes que consiste na construção de canais e transvases entre bacias, bem como na construção de barragens com reservatórios para acumulação de águas pluviais, incluindo a reabilitação de dezenas de açudes, nas províncias do Cunene, Namibe e Huíla, adianta um comunicado de imprensa do Ministério da Energia e Águas B BV .
“O programa, com um orçamento de 4,5 mil milhões de dólares, teve início na província do Cunene, com a conclusão do Canal do CAFU, com captação de água no Rio Cunene e sua distribuição por 165 km de canais abertos, com um potencial benéfico para milhares de pessoas e animais, para além da irrigação dos solos ao longo do seu percurso”, explica o documento.
Para pôr fim ao actual que afecta, essencialmente famílias do Cunene, Huila e Namibe, com impactos negativos, o Ministério da Energia e Águas, gizou e lançou no ano de 2022, com operação do primeiro Sistema de Transferência de Caudais (CAFU), no Cunene, no âmbito deste programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola, com conclusão ao longo de oito anos, com extensão às as outras duas províncias.
Até ao momento, revela a nota, já foram investidos cerca de 189 milhões de dólares de um total de 759 milhões previstos nesta primeira fase, em execução na província do Cunene.
“O programa contempla a construção de barragens e sistemas de abastecimento de água, acções em bom andamento nos municípios do Cuvelai, Cuanhama, Cahama e Curoca, todos na província mais a Sul do país, o Cunene, que, quando concluídos impactarão mais de 380 mil pessoas”, ressalta.
Neste contexto, as barragens destes últimos programas têm previsão de conclusão definitiva para novembro de 2024.
Segundo a nota, o principal objectivo do programa é assegurar o acesso à água, tanto no âmbito do consumo, melhorando as condições de saúde e qualidade de vida da população, como para o uso agrícola, com olhos na segurança alimentar.
Estima-se que, cerca de 600 mil famílias serão beneficiadas através do fomento da agricultura familiar.