A Polícia Nacional (PN) no Porto Amboim (Cuanza-Sul) limitou, este domingo, a circulação, na Estrada Nacional número 100 (EN100), devido às cheias do rio Longa que inundaram a ponte da via que serve de ligação para a província de Benguela.
Para o efeito, a PN procedeu à sinalização, com fitas reflectoras nas bermas da estrada, com vista a regular o trânsito efectuado de forma limitada, na localidade inundada.
Segundo o chefe do Departamento de Comunicação Institucional e Imprensa da PN local, Tomás António, a via regista uma redução na circulação de pessoas e bens, com fortes limitações à travessia dos veículos ligeiros e pesados.
Esse é o segundo constrangimento que se regista na EN100, devido à subida do caudal do rio, depois do ocorrido na localidade do Eval Guerra, que cortou a circulação entre Cuanza-Sul e Benguela.
Dados indicam que a última cheia do rio Longa, que provocou inundações similares, data de há 57 anos.
A administradora municipal do Porto Amboim, Maria Sumano, considerou a situação “constrangedora” e que a mesma precisa de apoios de todos, visto que se trata de um fenómeno natural que ninguém prevê.
Em declarações à ANGOP, a administradora precisou que as actuais cheias já duram, há 15 dias, estimando-se em duas mil e 35 o número de famílias afectadas, na localidade da Hogiwa, comuna do Capolo (Porto Amboim), província do Cuanza-Sul.
Maria Sumano referiu que as famílias perderam os seus bens, com destaque para as culturas de cereais nos campos agrícolas e residências, para além da inundação também de estabelecimentos escolares e religiosos.
“A população perdeu tudo e actualmente 90 por cento do bairro está inundado”, afirmou.
Questionada sobre os apoios prestados à população afectada, sublinhou que assistiram 108 famílias, que foram transferidas para “locais seguros” com a distribuição de 440 chapas, material ainda insuficiente, tendo em conta o número de pessoas afectadas.
ANGOP