A segunda fase da greve geral interpolada está agendada para 22 a 30 de Abril e a terceira fase para 03 a 14 de junho do ano em curso. O executivo angolano decidiu propor um salário mínimo em função da dimensão da empresa, nomeadamente 48.000 kwanzas (52 euros) para as pequenas empresas, 70.000 kwanzas (76 euros) para médias empresas e 96.000 kwanzas (104 euros) para as grandes empresas, o que foi rejeitado pelos sindicatos.
A redacção
Depois da primeira fase da greve geral, o Governo convidou as três sindicais para uma reunião a 3 de Abril, sem apresentar novas propostas, comparativamente às que já apresentou no pretérito dia 13 de Março, durante a sexta ronda negocial com os representantes do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social.
Já foram realizadas 7 rondas negocial e o governo parece não estar interessado em satisfazer as exigências. Não havendo qualquer sinal positivo, os três sindicais vai marcar a partir de segunda-feira, 22, a segunda fase da greve geral.
De acordo com Admar Jinguma, secretário-geral do Sindicatos dos Professores, conta que não se deve ceder à chantagem dos descontos.
A segunda fase da greve geral interpolada está agendada para 22 a 30 de Abril e a terceira fase para 03 a 14 de junho do ano em curso. As três centrais sindicais – Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos – Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Força Sindical – Central Sindical (FS-CS) – exigem também a atualização dos subsídios previstos no sistema das prestações sociais do Instituto Nacional de Segurança Nacional (INSS), bem como a gestão partilhada dos fundos do INSS, conferindo “transparência necessária”.
Os trabalhadores entregaram ao Governo, no dia 05 de Setembro do ano passado, um caderno reivindicativo, com exigências para o aumento do salário mínimo nacional, do salário da função pública e a redução de impostos. Em Dezembro do mesmo ano iniciaram as negociações com o Governo, mas os trabalhadores concluíram que não houve resposta satisfatória do executivo às suas reivindicações, mantendo-se as divergências.
As centrais sindicais começaram por exigir o aumento do salário mínimo dos atuais 32.000 kwanzas (35 euros), para 245.000 kwanzas (268 euros), proposta “flexibilizada”, entretanto, para 100.000 kwanzas (109 euros) e um reajuste do salário da Função Pública, na ordem de 250 por cento.
O executivo angolano decidiu propor um salário mínimo em função da dimensão da empresa, nomeadamente 48.000 kwanzas (52 euros) para as pequenas empresas, 70.000 kwanzas (76 euros) para médias empresas e 96.000 kwanzas (104 euros) para as grandes empresas, o que foi rejeitado pelos sindicatos.
Em 1998, foi realizada a primeira greve geral interpolada, realizada pela CGSILA com a duração de três dias, sendo esta a segunda greve geral, mas a primeira congregando as três centrais sindicais angolanas.