
A um mês do prazo limite para apresentação de candidaturas a Presidente da República, os moçambicanos não se mostram preocupados com a tardia escolha de candidatos, mas esperam atenção do próximo chefe de Governo à segurança e emprego.
“Espero mudanças em termos colectivos. Espero por políticas que sejam mais direccionadas para jovens”, diz à Lusa Omar Sukuma, de 27 anos, formado em estatística, acrescentando que sente que os jovens são excluídos dos processos de desenvolvimento do país, apesar de “serem a base para o desenvolvimento”.
A segurança é preocupação transversal na mensagem aos futuros candidatos.
Em Maputo, capital do país, a Lusa conversou igualmente com Armando Machalele, psicólogo de 44 anos que tem a expectativa que o próximo Presidente da República, a escolher nas eleições gerais de 09 de Outubro, também faça mudanças na sociedade, com enfoque para a abertura do mercado de emprego para a juventude.
O Conselho Constitucional definiu o final do dia 10 de Junho como prazo limite para apresentação de candidaturas a Presidente da República nas eleições de Outubro, às quais já não pode concorrer o actual chefe de Estado, Filipe Nyusi – e líder da Frelimo – por ter atingido o limite de mandatos.
Contudo, apenas no domingo e após uma reunião extraordinária do Comité Central que durou três dias, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) aprovou Daniel Francisco Chapo como candidato às eleições presidenciais pelo partido no poder em Moçambique desde a independência, em 1975, após vários meses de incerteza e num prazo invulgarmente levado ao limite.
Também no domingo, o conselho nacional do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força do parlamento, aprovou o apoio à candidatura do líder do partido, Lutero Simango, ao cargo de Presidente da República.
A segunda força política no parlamento e principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), continua em processo interno de escolha do candidato.
Moçambique realiza em 09 de Outubro eleições gerais, que além da eleição presidencial inclui ainda legislativas e para governadores de províncias e respectivas assembleias provinciais.
A campanha eleitoral vai decorrer de 24 de Agosto a 06 de Outubro e a Comissão Nacional de Eleições terá de anunciar os resultados nacionais até 24 de Outubro, que só depois, após análise do processo, podem ser proclamados pelo Conselho Constitucional.
Angop