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Angola tem três novas áreas de conservação ambiental

Pelo menos três novas zonas de conservação ambiental foram criadas nos últimos anos em Angola, nomeadamente ao do Morro do Moco (Huambo), a Floresta do Kumbira (Cuanza Sul) e Serra do Pingano (Uíge), revelou hoje, sábado, a ministra do Ambiente Ana Paula Chantre de Carvalho.

Esse processo de ampliação das áreas de conservação protegidas que se juntam aos parques nacionais, segundo a ministra, elevou a cobertura actual de áreas terrestres de 13 para 16 por cento no país, reforço que ajuda a proteger os corredores de migração, mas que abre novos desafios, como o conflito homem-animal, a exploração sustentável de recursos naturais e o empoderamento das comunidades locais.

Falando no acto que marcou a entrega de infra-estruturas de apoio administrativo do Parque Nacional do Iona, na comuna com o mesmo nome, no município do Tômbwa, testemunhado por oficiais da FAO, PNUD e pelo embaixador dos Estados Unidos, Tulinabo Mushingi, disse que isso só foi possível graças ao aumento capacidade de fiscalização.

Assinalou que o país começa a observar uma tendência frequente de muitas espécies migratórias, com realce para o falcão de pé vermelho, uma espécie de ave proveniente da Europa e que migra aos milhões para o município Mungo, no Huambo.

“Essa dinâmica de crescimento de muitas espécies e a redinamização de muitos corredores da vida selvagem e a necessidade de proteger os ecossistemas e a vida selvagem ameaçada, levou o ministério a desenvolver esse programa de expansão das áreas de conservação”, disse a governante.

Admitiu que o país alberga uma das maiores biodiversidades de África, uma riqueza que biológica que sofreu uma “grande” pressão durante o conflito armado, o que levou a degradação do ecossistema e reduziu a fauna.

Em certos casos, disse Ana Paula de Carvalho, levou a extinção de certas espécies, como o rinoceronte, girafas e búfalos, pelo que diante dessa situação, o Governo foi tomando medidas para reverter o quadro e foi anunciado na década de 2000, um programa de recuperação, que começou na Quiçama, seguiu-se a recuperação da maior parte das áreas de conservação.

Situado a 160 quilómetros a Sul de Moçâmedes, capital da província, a reserva natural do Iona é dotada de uma rica biodiversidade, tendo sido estabelecida como reserva de caça em 1937, antes de ser transformada em Parque Nacional em 1964 e ocupa uma área de 15 mil 150 quilómetros quadrados. 

ANGOP

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