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Inflação volta a recuar pelo segundo mês consecutivo

A inflação voltou a recuar pelo segundo mês consecutivo, de acordo com o Índice de Preço no Consumidor (IPCN) referente ao mês de Junho, publicado na sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O IPCN apresenta uma variação de 2,07% comparativamente ao mês anterior, o que representa uma redução de 0,42 pontos percentuais, isto quer dizer que a magnitude do aumento dos preços de bens e serviços na economia nacional é cada vez menor.

Desde o início do ano, esta é terceira vez e a primeira de forma consecutiva que a inflação mensal regista um abrandamento, depois do mesmo ter ocorrido nos meses de Março e Maio.

De acordo com o INE, a classe “Alimentação e bebidas não alcoólicas” foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços, com 1,33 pontos percentuais, seguida da classe “Bens e serviços diversos”, com 0,19 pontos percentuais, “Saúde” e “Vestuário e calçado”, com 0,11 pontos percentuais cada, e “Hotéis, cafés e restaurantes”, com 0,08 pontos percentuais. As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,08 pontos percentuais.

Face à importância da classe de “Alimentação e bebidas não alcoólicas” na dinâmica da inflação em Angola, o abrandamento que se tem vindo a observar na taxa de inflação nos últimos meses é determinado, essencialmente, pela maior oferta de bens alimentares na economia.

Este aumento da oferta de bens alimentares é o resultado combinado das medidas assertivas e reformistas que têm sido adoptadas pelo Executivo, em prol do apoio e fomento da produção nacional e reforço da segurança alimentar, e do próprio engajamento da classe empresarial e famílias no desenvolvimento de actividades produtivas nos diferentes sectores, com ênfase para o agropecuário e agro-industrial, refere ainda o INE.

Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preço no Consumidor Nacional (IPCN) em Junho teve um agravamento de 0,84 pontos percentuais, ao passar de 30,16% para 31,00%. As classes de bens e serviços que registaram a maior variação de preços foi a de “Saúde”, com uma variação de 2,70%, “Vestuário e calçado”, com uma variação de 2,67%, “Bens e serviços diversos”, com uma variação de 2,62%, e “Hotéis, cafés e restaurantes”, com uma variação de 2,56%.

Ao contrário do que era prática no passado recente, a classe “Alimentação e bebidas não alcoólicas” está fora do ranking das classes do IPCN com a maior variação de preços, o que reforça, mais uma vez, a justificação sobre o aumento da oferta de bens alimentares.

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