Janeiro 3, 2025

A Feira Internacional de Luanda (FILDA) evidencia o compromisso do Executivo angolano na criação de um ambiente de negócios para o investimento empresarial, por meio de políticas económicas sólidas e medidas de facilitação do comércio e promoção de uma cultura de empreendedorismo e inovação.

A afirmação é da ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, ontem, em Luanda, quando discursa, em representação do Chefe de Estado, na abertura da 39ª edição da “Maior Bolsa de Negócios do País”.

De acordo com a ministra de Estado, o lema da FILDA/2024 é bastante sugestivo: “Segurança Alimentar e Parceria Internacional – O Binómio da Diversificação Económica”.

Segundo a ministra, tratar-se de um assunto de bastante relevância para o País, pois que a sustentabilidade dos sistemas alimentares e a necessidade de fortalecer os laços internacionais se apresentam como pilares fundamentais para o desenvolvimento económico.

Maria do Rosário Bragança fez saber que, durante o certame, está programada a abordagem de temas actuais, que vão permitir agregar valores a dinâmica de percepção da realidade, desafios e oportunidades da agro-indústria, as cadeias de logística e certificação, instrumentos financeiros de apoio ao investimento, turismo e a promoção da cultura de qualidade para o fomento e internacionalização da produção nacional. Não podia deixar de referir, afirmou, que, na presente edição, se decidiu homenagear, a cultura Lunda-Cokwe, numa simbiose natural entre a cultura e o desenvolvimento da indústria artesanal na geração de rendimentos para as famílias.

“Num mundo cada vez mais globalizado, marcado por desafios de ordem climática, geopolítica e social, a segurança alimentar tornou-se numa prioridade incontestável. Neste contexto, a diversificação económica surge como estratégia crucial capaz de mitigar os riscos e criar as oportunidades de crescimento ao passo que a parceria internacional permite a troca de conhecimentos, a partilha de melhores práticas e o acesso a recursos complementares. Assim, o binómio da segurança alimentar e da parceria internacional revela-se um motor de diversificação económica, fomentando a inovação, a resiliência e a competitividade”, declarou.

Sustentabilidade

Ao alavancar os recursos endógenos, potenciando a colaboração transfronteiriça, abre-se caminho para a sustentabilidade ao longo prazo em benefício das gerações presentes e futuras.

É imperativo, apelou, que nos unamos em torno dessa visão, fortalecendo os laços de cooperação e privilegiando soluções integradas.

“Só assim, poderemos edificar uma Angola cada vez mais próspera, justa e resiliente, capaz de enfrentar os desafios actuais dessa aldeia global”, afirmou.

A governante fez questão de ressaltar os agradecimentos aos empresários nacionais e estrangeiros pela confiança nas reformas políticas e económicas que o Executivo está a empreender e por terem aceitado o convite para expor produtos e serviços e participarem na grande festa da indústria e comércio de Angola que é a FILDA.

A Feira Internacional de Luanda (FILDA), edição 2024, aberta ontem (terça-feira, decorre até domingo (28), na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda – Bengo. O lema desse ano é “Segurança Alimentar e Parceria Internacional: O Binómio da Diversificação Económica”.

Dados da organização avançam para mais de 1.400 expositores directos e indirectos de dez países.

Hoje é Dia de Portugal e vai ter evento especial.

Reformas permitiram superar ciclo de recessão

A ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, disse também no seu discurso de abertura da edição da FILDA-2024, que as reformas económicas permitiram que o país superasse um ciclo recessivo, equilibrasse as contas e melhorasse o ambiente de negócios.

“Com esta dinamização, esperamos captar mais investimentos na produção de alimentos, cereais, grãos, açúcar, na pecuária, nas pescas e noutros sectores relevantes da economia, quer possam gerar emprego para o nosso activo mais importante: os nossos jovens”, indicou.

Para estimular a economia e dinamizar o seu potencial, disse, por outro lado, o Executivo tem vindo a implementar um pacote vasto de reformas económicas, assente no aumento da produção, no apoio ao acesso ao financiamento para o sector empresarial, simplificação e alívio tributário, e melhoria no ambiente de negócios.

Maria do Rosário Bragança reafirmou que o evento constitui a principal bolsa do país, que se afigura como instrumento de atracção de investidores, financiadores, empresários e consumidores.

“O Executivo angolano na condição de facilitador desta interacção procura assegurar reformas políticas económicas que possam influenciar positivamente o reforço de parcerias na economia real e a captação de maior volume de investimentos”, destacou.

Segundo Maria do Rosário Bragança, à semelhança de várias medidas adoptadas ao longo de 2023, o Executivo vai continuar com o seu compromisso de apostar, fortemente, no estímulo e fomento da produção nacional.

“O Executivo angolano tem uma grande confiança e deposita grande esperança no papel do sector privado da economia, porque acredita que Angola só terá economia forte e competitiva se tiver uma classe empresarial forte”, admitiu.

Depois da abertura, Maria do Rosário Bragança acompanhou ao corte da fita inaugural e fez uma visita guiada pelos responsáveis do Ministério da Indústria e Comércio. Na ocasião, trocou várias impressões com expositores, tendo reiterado aos empresários a aposta do Governo no sector privado.

Governo estabelece metas para a produção interna

A segurança alimentar é uma das metas estabelecidas pelo Governo no quadro dos objectivos traçados para assegurar que o país seja capaz de produzir os alimentos que consome e se torne numa referência na região Austral.

Esta afirmação foi feita ontem, na intervenção de boas-vindas do ministro da Indústria e Comércio.

Rui Miguêns de Oliveira interveio na abertura da 39ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), aberta ontem e que vai até domingo, na Zona Económica Especial (ZEE).

Na ocasião, o ministro fez saber que este objectivo declarado consta das iniciativas de política económica do Executivo, bem como de apoio e suporte aos produtores nacionais.

De acordo com o governante, citado pela Angop, neste processo, são bem-vindos todos os empresários nacionais e estrangeiros, para que possa tornar o país num grande produtor de alimentos e se consiga satisfazer as necessidades do mercado angolano

A Filda propicia o desenvolvimento de negócios e parcerias comerciais entre agentes económicos nacionais e internacionais, devendo promover o debate virado ao incentivo e fomento da produção nacional.

O certame tem programada a abordagem de temas actuais que permitirão agregar valor à dinâmica de percepção da realidade, desafios e oportunidades da agro-indústria, as cadeias de logística e certificação, instrumentos financeiros de apoio ao investimento, turismo e a promoção da cultura de qualidade para o fomento e a internacionalização da produção nacional.

País trabalha alinhado pela segurança alimentar

A exposição patente na Feira Internacional de Luanda (FILDA) pode ser vista como uma amostra do que está a ser feito pelo país no tocante a produção e segurança alimentar.

Quem o disse foi o ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco Assis.

O governante participou da abertuira da 39ª edição da Filda e visitou vários stands, ocasião em que abordou as impressões com que ficou do primeiro Dia do evento com jornalistas presente no evento.

António Francisco Assis disse que o Governo vai trabalhar mais e mais, para alcançar a plena e almejada segurança alimentar.

Afirmou que o país está no bom caminho, pois embora sejam necessárias mais pessoas no processo produtivo, os números actuais, tendo em conta o ponto de partida, já deixam bons sinais.

“Temos boas políticas já definidas pelo Governo e, cada vez, está mais claro o papel do Estado e do sector privado. Agora é só continuarmos neste caminho que vamos lá chegar”, afirmou António Assis.

Números avançados pelo ministrio dão conta de produção média em torno de 3,5 milhões de toneladas/ano nos cereais, grãos e tubérculos. Apesar de bons, disse, não satisfazem, nem mesmo o facto de neste ano poder vir-se chegar aos quatro milhões. O ministro disse que o objectivo são dez milhões.

JA

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *