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Turismo em Angola: O País pode ter a primeira auto-estrada entre norte e sul

Em Abril do ano em curso, durante a tomada de posse do novo Ministro de Turismo, Márcio Daniel, o Presidente da República, João Lourenço, apelou-lhe a fazer, com carácter prioritário, um diagnóstico para “descobrir por que razão é que, com todas as condições que tem”, Angola não consegue “ainda, verdadeiramente, atrair” turistas.

A redacção

Segundo informações que tivemos acesso dão conta de que um grupo chinês vai construir a primeira autoestrada de Angola, que ligará o norte ao sul do país. Os números exactos não são públicos, mas estima-se que o novo aeroporto, e as obras adjacentes a esta empreitada, custaram mais de 7.500 milhões USD; a nova autoestrada vai requerer um investimento ao redor de 2,5 mil milhões USD.Contudo, apesar de investimentos de vários mil milhões USD nas últimas duas décadas, as estradas do país continuam uma lástima; a manutenção das nossas estradas é quase inexistente, o que provoca a rápida deterioração das mesmas, especialmente na época chuvosa. Apesar de investimentos de centenas de milhões USD na reabilitação e construção dos aeroportos domésticos, os mesmos apresentam grave sinais de falta de manutenção e saneamento básico. *SOBRE TURISMO*Desde o início do seu mandato, em 2017, o Presidente já está no seu 5.º ministro do turismo, depois de Ângela Bragança, Adjany Costa, Jomo Fortunato e Filipe Zau.

São 5 ministros em 7 anos, sendo que Adjany Costa teve um mandato de apenas meses. Como se estas constantes mudanças não bastassem, neste mesmo período, o PR fundiu o Ministério do Turismo com os do Ambiente e Cultura em 2020, para depois os dividir novamente em 2024.A falta de estabilidade institucional não contribui para a funcionalidade do sector.Foi durante o segundo mandato que o PR tomou talvez uma das decisões mais consequentes para o desenvolvimento do turismo em Angola: a isenção de vistos para mais de 90 países por um período de 30 dias, abolindo assim um dos sistemas de vistos mais restritivos e burocráticos do planeta.Recentemente, constatamos a entrada de cadeias hoteleiras internacionais no país, como o Grupo IHG (Hotel Intercontinental Luanda Miramar), o Marriott International (Protea Hotel Luanda), o Hilton (que anunciou a futura abertura de um hotel na Ilha em parceria com o Grupo Veleiro) e a Hoti Hotéis, que anunciou a abertura de um hotel Meliá em Luanda nos próximos 3-4 anos. Em Março deste ano, o Executivo aprovou o PLANATUR, um programa que promete revitalizar o turismo em Angola com um investimento de 3 mil milhões de USD em diversas áreas nos próximos 3 anos. Contudo, não só de hotéis e programas vive o turismo. Infelizmente, o nosso país tem um péssimo historial no que toca a implementação de programas, e isso é transversal a todos os sectores; aliás, a questão de Angola nunca foram a quantidade de programas, mas sim a sua execução. Os leitores do Estado Meus são testemunhas do falhanço de diversos PAPAGROs, das lojas Poupá-Lá vazias, dos Nossos Super sem clientes, dos hotéis do INFOTUR fechados (felizmente, alguns já foram privatizados, e bem haja).

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