Outubro 6, 2024

O Centro de Investigação do Direito (CID) da Universidade Católica de Angola (UCAN) apresentou, quarta-feira, em Luanda, o primeiro número da revista Direito e Economia, a mais nova publicação da instituição de ensino superior.

A revista, que traz artigos científicos de natureza jurídico-económica, deverá servir, segundo o director do CID, Francisco João, como espaço privilegiado de académicos e investigadores, nacionais e estrangeiros, para discussão dos temas que preocupam a sociedade angolana.

Já o vice-decano para as Pós-Graduações e coordenador executivo dos Cursos de Mestrado da Faculdade de Direito, Leandro Ferreira, considerou que, com essa iniciativa, a UCAN se mostra mais uma vez comprometida com a ciência e com a investigação, mas precisa dos habituais parceiros, pois não se faz investigação sem financiamento.

Depois de mencionar os valores e a missão da UCAN, Leandro Ferreira frisou que é compromisso de a instituição garantir que os frutos da academia sirvam a sociedade, mesmo que o percurso de formação e a investigação sejam difíceis

Durante o lançamento, o jurista e Juiz Conselheiro do Tribunal de Contas, Armindo Jelembi foi convidado a fazer a apreciação crítica da publicação científica. O também professor universitário e investigador considerou importante a existência de publicações científicas, tendo apontado várias críticas para o sucesso da revista.

Armindo Jelembi disse que a revista precisa de organizar o seu conselho editorial, acolher mais temas como a vida interna da instituição, jurisprudência crítica e recensões de livros.

Quanto aos autores, recomendou que tivessem mais atenção à citação de autores nacionais. “Ao citarmos os nossos trabalhos, fazemos avançar a nossa ciência, pois discutimos e revisamos o que produzimos”, considerou, avançando que já há uma considerável produção bibliográfica em várias do direito, o que não justifica a ausência de autores angolanos nas citações.

Por sua vez, o coordenador científico Márcio Daniel disse ser um grande desafio colocar uma publicação científica no mercado, tendo agradecido ao financiamento da Administração Geral Tributária (AGT) para a sua concretização.

O jurista avançou ainda que é uma revista que veio para ficar, pois os especialistas em ciências jurídico-económicas precisam de discutir os temas com a competência e a idoneidade que se precisa hoje, já que há uma espécie de “banalização do direito”.

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