Uma locomotiva do Caminho de Ferro de Moçamedes (CFM), com 250 turistas, provenientes de vários pontos do país, colidiu, na manhã de hoje, nos arredores do Lubango, com um camião que transportava dez mil litros de água potável para venda aos habitantes do bairro da Kanquinda.
O Jornal de Angola apurou no local que o camionista não respeitou a sinalização da via férrea, nem avistou o cerco automático muito comum nas linhas férreas, que anuncia a aproximação da locomotiva, e obriga, por isso, a cedência de prioridade, de acordo com o estabelecido no Código de Estrada e outras normas.O comboio tinha como destino o complexo turístico da Mutipa, nos arredores da província do Namibe, como parte dos pacotes criados para a promoção do turismo rural, onde além da Huíla estavam jovens das províncias do Huambo, Cuando Cubango, Cunene e das terras da Welwitschia.Uma passageira, Marlene Joaquim disse que após o susto criado pelo choque já se sente mais calma graças à pronta intervenção do Instituto Nacional de Emergências Médicas de Angola (INEMA) que resgatou os mais aflitos, assim como serenou os ânimos, não só dos ocupantes como também de dezenas de populares que residem nas imediações da linha férrea.Por sua vez a direcção do Caminho de Ferro de Moçâmedes decidiu suspender a viagem até estarem criadas as condições morais e materiais para o efeito. Já o técnico do INEMA, Gomes Alberto, considerou que muitos passageiros continuam, ainda assustados, “razão para que fosse necessária a interrupção da viagem às zonas turísticas do Namibe”.