Embalada para a recuperação do título continental, fugitivo desde 2013, por culpa do 1.º de Agosto que, desde então, transferiu para si as competências de campeã, a equipa sénior feminina de andebol do Petro de Luanda está hoje na contingência de vingar o afastamento prematuro das agostinas, da fase do título da 45.ª edição da Taça dos Clubes Campeões de andebol, à mão do Al Ahly do Egipto.
Com elevada dose de favoritismo, as comandadas por Luís Chaves defrontam as egípcias, em jogo válido para a meia-final da prova. As angolanas precisam apenas manter a força competitiva que trazem da primeira até a esta fase da competição, em que pulverizaram todas as adversárias com mais de 20 golos de diferença. A amostra as faz favoritas.
O Petro chega ao jogo da meia-final, com números graúdos ao ataque, média de 38,5 golos por jogo e, também, dados de uma defesa consistente, que sofre 13,5, a cada 60 minutos jogados. É a segunda vez consecutiva que angolanas e egípcias se defrontam na meia-final.
Em 2023, em Brazzaville, ainda sob orientação técnica de Vivaldo Eduardo, as petrolíferas venceram por difíceis 22-18 e seguiram para a final, onde perderam, diante do 1º de Agosto.
A meia-distância Vivalda da Silva, hoje integrada no plantel do petrolífero, jogou em 2023 pelas egípcias e pode ser uma das principais unidades, por conhecer melhor as adversárias. Luís Chaves tem a guarda-redes Marta Alberto, as meias distâncias Vilma Nenganga, Marília Quizelete e a pivot Estefânia Venâncio em excelente momento de forma.
Em caso de passagem à final, as petrolíferas voltam a encontrar outras algozes do 1º de Agosto, o AS Sfaxien da Tunísia, que na ronda inaugural da fase de grupos lesou as ainda campeãs em título por 28-26.
O Sfaxien destapou as fragilidades da equipa de José Terça Chuma, cujo reforço para a prova é uma Cristianne Mwasesa, aquém das suas reais capacidades, uma vez que está sem clube e rotina de jogos, há vários meses.
JA
