Um acordo para a Construção e Exploração do Aproveitamento Hidroeléctrico Binacional de Baynes foi assinado esta semana. Tem um investimento conjunto dos dois Estados no valor global previsto de USD 1,375 Mil Milhões para a barragem principal.
Redacção
A construção do Aproveitamento Binacional de Baynes, com uma capacidade prevista de 860MW, para a central principal e 21 MW para a barragem de regulação, tem um investimento conjunto dos dois Estados no valor global previsto de USD 1,375 Mil Milhões para a barragem principal e USD 137 Milhões para a barragem de regulação, totalizando USD 1,512 Mil Milhões Dólares.
Marcando desta forma o início do aproveitamento conjunto do potencial hidroléctrico da Bacia do Cunene, abrindo uma perspectiva para a partilha de produção entre os dois países, a participação do sector privado, a dinamização de parcerias público-privadas no domínio da produção, transporte, distribuição e comercialização de energia eléctrica. “Esta iniciativa, abrirá novas oportunidades de negócios para as empresas públicas de electricidade dos dois países, nomeadamente, a NAMPOWER, a PRODEL-E.P. e a RNT-E.P., em Angola para electrificação e interligação da região austral e central do nosso continente”.
Segundo um comunicado de imprensa, enviado ao Estado News, a delegação é será chefiada pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
A Hidroeléctrica Binacional de Baynes terá uma potência instalada de 860 MW, com quatro unidades de 215 MW, sendo 430 MW para Angola e 430 MW para a Namíbia, estando garantido o reforço da integração da rede eléctrica de Angola na rede eléctrica da região austral de África.
O documento esclarece, igualmente, que o projecto reveste-se de uma enorme importância para o progresso das regiões Sul de Angola e Norte da Namíbia, bem como para o fortalecimento das relações bilaterais.
Além da produção de eletricidade, o projeto irá propiciar o desenvolvimento em regiões nos setores da Agricultura, Pecuária, Turismo e a criação de empregos, acrescenta a nota.
Permitirá, ainda, a criação de novas oportunidades de negócios, em ambos os Estados, no ramo Industrial e dos Transportes, durante a fase de construção, com destaque para o Porto do Namibe e a Indústria Nacional de produção de cimento e materiais de construção, que irá alavancar os setores ferroviários e rodoviários locais.