Welwitschea José dos Santos, conhecida como Tchizé, recorre às redes sociais para relatar sua luta por direitos básicos de cidadã angolana e denuncia suposta perseguição política por parte das autoridades.
Redacção
No desabafo publicado em suas redes sociais, Tchizé revelou que não possui um passaporte angolano válido desde 2019 e que está sem carta de condução desde 4 de Dezembro de 2024. Ela afirma que nenhum juiz ordenou a retirada do seu direito de tratar de sua documentação, mas, mesmo assim, enfrenta dificuldades em obter os documentos necessários para viver dignamente. “Hoje dependo de outros países para ter acesso a direitos básicos de cidadã”, escreveu.
Tchizé fez um apelo às entidades competentes, solicitando esclarecimentos sobre como pode exercer seus direitos enquanto cidadã angolana.
Ela acredita que, por ser filha de José Eduardo dos Santos, ex-presidente de Angola, tem sido tratada injustamente pelas autoridades. “Os funcionários públicos recusam-se a tratar dos meus direitos como cidadã, por medo de represálias e de perder os seus cargos ou empregos no governo do Presidente João Lourenço”, afirmou.
A filha do ex-presidente fez uma crítica ao atual governo, destacando que João Lourenço, que foi promovido à presidência por seu pai, agora utiliza as instituições do estado de forma abusiva contra os filhos de José Eduardo dos Santos.
Apesar dessas denúncias, Tchizé enfatiza que o Governo do MPLA insiste em afirmar que não há perseguição política em relação a ela ou a qualquer membro da família dos Santos.
Esta declaração de Tchizé levanta questões sobre a situação dos direitos civis em Angola e a influência da política na vida dos cidadãos, especialmente aqueles que estão ligados a figuras políticas proeminentes.