Os dois pacientes que testaram positivo à cólera, na província de Icolo e Bengo, tiveram, quinta-feira, alta hospitalar, por decisão médica, após responderem satisfatoriamente ao tratamento administrado no período de internamento.
Segundo a directora do Gabinete Provincial da Saúde de Icolo e Bengo, Carla Fortes, os pacientes, do sexo masculino e feminino, deixaram os hospitais municipal da Quiçama e de Catete, respectivamente, onde ficaram internados em tratamento e em observação por um período de cinco dias.
Carla Fortes disse que ambos, cujos bairros de residência não precisou, agora seguem tratamento em casa por terem garantido o suporte familiar para o efeito.
Revelou que os pacientes internaram desidratados, com dores e cólicas abdominais, náuseas e vómitos, diarreia aquosa e com coloração de arroz, pele e boca secas, excesso de sede e cãibras musculares, que levou à perda de peso.
Na sequência, referiu, passaram por procedimentos médicos de reidratação oral de soro e antibióticos, que permitiram combater os altos níveis de bactérias causadoras da cólera instaladas no organismo até à sua recuperação.
“Após um período de ingestão de soro e medicamentos, foi possível controlar a doença e estabilizar os pacientes, por isso tiveram alta hoje (ontem). Eles vão dar sequência ao tratamento médico domiciliar baseado na ingestão de soro e alimentação adequada, além de receber regulamente equipas de profissionais de Saúde”, disse a médica, que felicitou todos os envolvidos no combate à cólera em cumprimento das orientações da Comissão Interministerial criada para o efeito, que é liderada pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
Contactos directos
Na sequência da detecção de casos positivos, o Gabinete Provincial da Saúde de Icolo e Bengo, por orientação da Comissão Interministerial de Combate à Cólera, promoveu o despiste de todos os contactos directos, tendo descartado a existência de mais casos.
Carla Fortes disse que os familiares foram orientados a seguir uma medicação para prevenção, em resposta ao Plano de Contingência para impedir a propagação da doença.
A responsável da Saúde em Icolo e Bengo frisou que as unidades de saúde na província foram reforçadas com medicamentos e técnicos para dar resposta ao surto de cólera.
“A situação está controlada, pois estamos preparados para atender todos os casos suspeitos e positivos”, assegurou. Quanto às medidas de prevenção, a médica disse que o Gabinete Provincial da Saúde de Icolo e Bengo tem estado a promover, no interior dos bairros e centros urbanos, práticas de higiene, como a lavagem regular das mãos com água e sabão, o consumo de água potável e alimentos seguros, bem como das medidas de saneamento básico, como serviços de tratamento de água e esgotos, limpeza urbana, colecta e dar destino correcto ao lixo.
Carla Fortes fez saber que existe contacto permanente com as direcções da Empresa Pública de Àguas para aumentar a capacidade de fornecimento e de abastecimento e melhorar o tratamento da água para o consumo humano, e com as empresas de limpeza para manter regular a recolha de lixo, por formas a manter as ruas limpas e melhorar o tratamento dos resíduos
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Dados do boletim epidemiológico da cólera dão conta que, só na quarta-feira, dia 15, a província de Icolo e Bengo reportou 15 casos suspeitos, tendo todos sido confirmados como negativos.
JA