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Chefe do Estado-Maior General garante continuidade do reequipamento das FAA

O processo de reequipamento das Forças Armadas Angolanas (FAA) vai continuar, mas deverá ser feito obedecendo às prioridades, tendo em conta o ambiente de contenção financeira, informou, terça-feira, em Malanje, o chefe do Estado-Maior General das FAA.

O general de Aviação Altino dos Santos, que discursava no acto central alusivo ao 49.º aniversário da Força Aérea Nacional, reconheceu que a modernização, reestruturação e reequipamento das FAA são vitais, tendo em conta os desafios, riscos e ameaças inerentes ao ambiente estratégico actual, caracterizado por “mudanças em ambientes de incerteza”.

“O reequipamento em curso tem, certamente, continuidade, mas num ambiente de contenção financeira. Exige-se, portanto, a definição de prioridades realistas. Devemos, por conseguinte, continuar firmes no nosso desígnio de capacitar a Força Aérea Nacional e as Forças Armadas Angolanas, em geral, para que assumam na plenitude todas as missões que cabem a si, enquanto defensoras da soberania e integridade territorial do nosso país, debelando quaisquer ameaças”, defendeu.

Durante o acto, que decorreu sob o lema “FAN 49 Anos – Com confiança no futuro, unidos para vencer”, o chefe do Estado-Maior General das FAA exortou, igualmente, a FAN a manter-se preparada para inovar, criar e solucionar todas as situações que possam provocar algum transtorno no curso normal das actividades.

“Como se diz na gíria popular, não durmam à “sombra da bananeira”, consumindo apenas os ganhos conseguidos. Devemos continuar a trabalhar com o mesmo vigor e determinação”, orientou.

Os militares da Força Aérea, sublinhou o general de Aviação, desde a sua criação, revelaram uma elevada capacidade de bem servir, conseguindo, em pouco tempo, tornar-se num órgão com altos padrões de operacionalidade, comprovados pelos notáveis feitos realizados ao longo dos anos de guerra a que o país foi submetido.

Reforma

As Forças Armadas Angolanas, ao longo dos tempos, vão reformando um número considerável de militares, por limite de idade, desde oficiais generais, superiores, subalternos até ao pessoal menor.

“Os reformados saíram com o sentimento do dever cumprido, depois de mais de quarenta anos de cumprimento do serviço militar e os que ficam na continuidade devem assumir o desafio de se manterem firmes no cumprimento das obrigações militares, incentivando a juventude a consolidarem experiências e preservarem os perenes valores que grassam nos meios castrenses”, recomendou.

Este processo, continuou, é imparável e irreversível, sendo que após décadas de guerra, em ambiente de paz, é necessário reconfigurar estratégias para adequar a instituição às novas demandas do presente e do futuro, que se apresentam desafiadores , face às evoluções tecnológicas, sóciopolíticas e económicas.

Formação de quadros a todos os níveis

Na ocasião, o comandante nacional da Força Aérea, Virgílio da Cunha Pinto, garantiu que aquele ramo das FAA continua a apostar na formação de quadros em todos os níveis, tendo destacado a frequência de oficiais no oitavo e nono curso de promoção ao grau de capitão e oficial superior, com previsão de encerramento em Fevereiro.

Virgílio da Cunha Pinto anunciou que está igualmente em curso a formação de comandantes de grandes e pequenas unidades na Rússia e Portugal, além da formação e capacitação para manobras noNegage, província do Uíge.

Em relação aos equipamentos, o comandante nacional da Força Aérea disse que tudo está a ser feito de acordo com o programa em curso das Forças Armadas Angolanas. O general apelou aos quadros mais humildade, disciplina, empenho e ao cumprimento das orientações atribuídas pela FAN, de forma a defender devidamente a soberania e integridade territorial do país.

O governador provincial de Malanje, Marcos Nhunga, destacou a importância da Força Aérea na defesa da pátria e garantia da soberania nacional.

O acto contou com a presença do chefe do Estado-Maior General das FAA, general Altino dos Santos, governador provincial de Malanje, Marcos Nhunga, chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar, general João Pereira Massano, director do Serviço de Informação e Segurança do Estado, general Fernando Garcia Miala, representantes do Governo e da sociedade civil.

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