O procurador-geral da República, Hélder Pitta Gróz, deslocou-se, há dias, ao Reino Unido, a convite das autoridades judiciais daquele país, para a partilha de informações de interesse da PGR sobre o combate à corrupção e recuperação de activos.
Uma nota da PGR, enviada à nossa redacção, adianta que as informações avançadas pelas autoridades do Reino Unido vão ajudar no bom andamento de processos-crime cuja complexidade e conexão aconselham o reforço da cooperação internacional.
“Assuntos de interesse para a Procuradoria-Geral da República, ligados à investigação criminal, ao combate à corrupção e à consequente recuperação de activos, motivaram a equipa de especialistas britânicos da Agência Nacional do Crime (NCA) e do Centro de Coordenação Internacional Anti-Corrupção (IACCC) a conceber uma agenda que permitiu a partilha de informações relevantes para o bom andamento de processos-crime”, destaca a nota da PGR.
Durante a permanência no Reino Unido, o procurador-geral da República foi recebido nos ministérios dos Negócios Estrangeiros e do Interior.
Na primeira instituição, Hélder Pitta Gróz, que trabalhou naquele país de 28 a 30 de Janeiro, foi recebido pelo ministro conselheiro para África, ao passo que na segunda foi acolhido por uma equipa diversificada, com a qual foram definidas estratégias de solidificação da cooperação bilateral no domínio penal, sobretudo no âmbito do combate à corrupção e da recuperação de activos.
“A jornada de trabalho contou com momentos de partilha de experiências, de resolução de questões pertinentes, no âmbito dos pedidos de cooperação e, não menos importante, a redefinição de estratégias de parceria com os órgãos de aplicação da lei”, lê-se, igualmente, no documento.
O embaixador do Reino Unido em Angola, Bharat Joshi, fez-se presente nos encontros, tendo criado as melhores condições para a viabilização das actividades promovidas pela NCA, a IACCC e o Departamento de Crimes de Fraude Complexa.
Hélder Pitta Gróz encabeçou uma delegação composta pelos directores nacionais de Investigação e Acção Penal e Combate à Corrupção, Pedro Mendes de Carvalho, procurador-geral adjunto da República, do Serviço Nacional de Recuperação de Activos, Africano dos Santos Gambôa, sub-procurador-geral da República e do Gabinete de Intercâmbio e Cooperação Internacional, André de Brito Domingos, sub-procurador-geral da República. A delegação teve o apoio e acompanhamento da Embaixada e do Consulado de Angola no Reino Unido.
A missão do procurador-geral da República ao exterior do país estendeu-se até Portugal, onde a delegação que encabeça manteve, sexta-feira última, um encontro de trabalho com a direcção do Departamento Central Investigação e Acção Penal (DCIAP), tendo daí colhido “bons” resultados na coordenação e reforço da cooperação em matéria penal.