O ministro de Estado para a Coordenação Económica considerou, sexta-feira, em Luanda, que Angola e Moçambique têm a responsabilidade de partilhar e posicionar os seus sectores produtivos e empresariais para tirar pleno proveito das oportunidades de criação do bem-estar social para os seus povos.
José de Lima Massano, que falava no jantar de recepção do Presidente de Moçambique, oferecido pela Associação Angolana de Bancos (ABANC), referiu que a presença de empresários angolanos e moçambicanos, bem como dos membros dos governos dos dois países, constitui uma clara demonstração do compromisso comum em alargar e aprofundar a cooperação económica e empresarial.
José de Lima Massano disse esperar que, sob a liderança do Presidente Daniel Chapo, Moçambique continue a consolidar-se como um parceiro estratégico activo na promoção do desenvolvimento sustentável e da integração regional.
De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, o Executivo angolano está empenhado em criar condições favoráveis para a internacionalização das empresas nacionais. Disse que Angola acolhe com grande interesse os investimentos e iniciativas empresariais provenientes de Moçambique para dinamização das duas economias.
José de Lima Massano lembrou que o Governo de Angola, sob liderança do Presidente João Lourenço, está a implementar um conjunto de reformas estruturais que visam conferir maior resiliência à economia nacional, impulsionando o seu potencial de desenvolvimento sustentável e inclusivo.
“O país está a diversificar a economia, sem qualquer desprimor da importância do sector do Óleo e Gás, que, individualmente, ainda têm o maior peso no Produto Interno Bruto (PIB) e gerador de cerca de 95 por cento das receitas de exportação”, referiu.
De acordo com José de Lima Massano, o percurso de políticas económicas que vem sendo implementado permitiu o registo de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 4,3 por cento em 2024, o nível mais acentuado dos últimos dez anos. Apontou que o sector não petrolífero cresceu cerca de 5,1 por cento e o sector Agro-pecuário atingiu o nível mais elevado na estrutura do PIB. “Estimamos que se tenha situado em torno de 22 por cento”, reforçou.
José de Lima Massano disse que os sectores da Indústria Transformadora, Alimentar e Bebidas representam 45 por cento, enquanto que na estrutura do PIB o sector transformador não mineral tem um peso de 8 por cento. “Estamos a relançar o Turismo e possuímos um parque de cerca de 20 hotéis disponíveis para a compra ou ajustar no âmbito do nosso programa de privatizações”, frisou.
Para projectos agrícolas de grande dimensão, avançou, o país reservou cerca de 2 milhões de hectares de terras e está a realizar importantes investimentos nas infra-estruturas de suporte ao desenvolvimento económico e social.
Investimento estrangeiro
O Presidente de Moçambique disse que o seu país continua a apostar no investimento estrangeiro para transformar os sectores de Energia, Indústria e Infra-estruturas, Agricultura e Turismo, com uma visão clara de desenvolvimento sustentável, inclusão e integração nacional regional.
Daniel Chapo disse que para facilitar os investimentos nos diversos sectores de actividade, Moçambique possui um quadro legal que promove e protege investimento directo estrangeiro e nacional, permitindo a exportação, repatriação de capitais e dividendos ligados ao investimento privado para os países de origem.
O Governo moçambicano, frisou, define como sector estratégico para o desenvolvimento do país a Agricultura, Indústria, Infra-estruturas, Recursos Minerais, Energia e Turismo, sendo sectores de oportunidades de investimentos considerados primários da agenda de transformação estrutural. “Investir em Angola é investir em Moçambique. Investir em Moçambique é investir em Angola”, notou.
Angola tem 20 hotéis para compra ou gestão privada
Angola tem cerca de 20 hotéis disponíveis para compra ou gestão, no âmbito do Programa de Privatizações. A informação foi avançada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massa, que sublinhou a pretensão do país em relançar o turismo.
O governante apresentou estes dados ao Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, e sua delegação, no jantar com a classe empresarial angolana, no quadro da visita de dois dias que realizou a Angola. José de Lima Massano informou que o Governo está a implementar um conjunto de reformas estruturais que visam conferir maior resiliência à economia nacional, para impulsionar o desenvolvimento do país.
JA