
O acervo arqueológico de Angola pode, agora, ser visto e consultado em três dimensões (3D) nas medias digitais através do programa de Digitalização, Patrimonialização e Acessibilidade (DIG-ARQ).
O acto é resultado dos trabalhos levado a cabo pelos arqueólogos franceses e angolanos, em colaboração com estudantes universitários de Ciências Sociais e Engenharia da Universidade Agostinho Neto.
O projecto é uma parceira entre Muséum national d’Histoire naturelle , através da Embaixada de França em Angola e o Museu Nacional de Arqueologia em Benguela.
Segundo a embaixadora francesa, Sophie Aubert, o projecto de digitalização da arqueologia nacional surgiu de uma preocupação comum com a preservação do património em risco, seja por acção humana ou por razões climáticas.
A diplomata, que falava, esta terça-feira, em Luanda, na apresentação do DIG-ARQ, explicou que foi preciso recorrer ao programa Yetolab, projecto de cooperação franco-angolana, para a digitalização 3D dos vestígios arqueológicos descobertos em várias partes do país.
A digitalização dos vestígios está a ser feita na plataforma digital “Sketchfab”, por meio de um scanner das peças com o auxílio de um prato giratório que permite a captação de todos os ângulos do objecto e quando concluída, lançado no canal do YouTube.
A conta denominada “Project DIG-ARQ, no YouTube apresenta a historiografia sobre o passado pré-histórico e vestígios encontrados nas províncias do Huambo, Cuanza-Sul e Norte, Benguela, Huíla, entre outros.

Entre 2023 a 2025, DIG-ARQ permitiu a digitalização das colecções do MNAB (Lunda-Norte, Dungo, Mormolo), modelação de sítios em risco, como Caculo Cabaça, antes da construção de uma barragem, Ndalambiri, um sítio combinado da Idade do Ferro e da Idade da Pedra Final.
JA