Site icon ESTADO NEWS

Justiça brasileira manda prender Oruam. Contra o rapper pesam pelo menos sete acusações

A Justiça do Rio de Janeiro, no Brasil, expediu mandado de prisão preventiva para Mauro Davi Nepomuceno, o rapper Oruam, na manhã desta terça-feira, 22. Contra o rapper pesam pelo menos sete acusações.

Em causa está a denúncia de que Oruam terá acolhido um menor de idade com mandado de busca e apreensão em aberto na sua casa, em Joá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o que levou os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) brasileira a realizarem uma operação na casa do rapper, nesta segunda-feira, 21.

Segundo a polícia local, Oruam mais oito amigos tentaram impedir que os agentes cumprissem o mandado e os atacaram com pedras, ferindo um do agentes.

Por sua vez, Oruam denunciou o episódio como abuso de poder, e alega ter sido vítima de violência e agressão.

“Por volta das 00h, (04 horas em Luanda), sem qualquer mandado de prisão, ordem de busca ou justificativa legal aparente, uma quantidade superior a vinte viaturas da Polícia Civil invadiram minha casa de forma abrupta e agressiva. Os policiais estavam sem farda, o que demonstra a ilegalidade da acção, e procederam à revista de tudo que tinha na minha casa, bem como das minhas roupas e da minha noiva, além de rasgarem e destruírem pertences pessoais minhas e de minha noiva”, disse Oruam à imprensa local.

O artista prosseguiu argumentando que “apesar da invasão, nenhuma objecção ou suspeita foi encontrada, pois não havia motivo algum para tal acção”.

“Além disso, durante a abordagem, meu produtor, que estava comigo, foi algemado de maneira arbitrária e sem justificativa plausível. Essa ação violenta e desproporcional, além de humilhante, gerou grande sofrimento emocional e físico para todos nós presentes”, contou o rapper.

Oruam está a ser indiciado pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

“Reitero que não sou bandido, criminoso ou delinquente. Sou artista, legítimo representante da minha expressão musical e cultural. Fui vítima de abuso policial, e que sejam tomadas as devidas providências para que casos como este não se repitam, garantindo direitos e a integridade física e moral”, completou.

Em Abril de 2024, Oruam esteve em Luanda e foi assistido por uma legião de fãs na capital angolana.

CK

Exit mobile version