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Novo Instituto Politécnico dinamiza o desenvolvimento na região Leste

O Instituto Superior Politécnico da Universidade Lueji A’Nkonde, construído de raiz no novo município de Muangueji, província da Lunda-Sul, vai contribuir para dinamizar o desenvolvimento académico, científico, tecnológico local e da região Leste do país.

A instituição afecta à Universitdade Lueji A’Nkonde, com sede no Dundo (Lunda-Norte), inaugurada quinta-feira pelo Titular do Poder Executivo, custou aos cofres do Estado mais de 44 milhões de dólares, e foi construída com o financiamento da empresa pública de comercialização diamantífera Sodiam, no âmbito da sua responsabilidade social.

 

A estrutura foi erguida numa área de aproximadamente 94.426 metros quadrados e tem uma capacidade total para atender 5.418 estudantes, em três turnos.

 

Em estilo arquitectónico moderno, o Instituto conta com 57 salas de aula, uma capacidade instalada para 11 laboratórios especializados em áreas como Anatomia, Química, Electromecânica, Física e Informática. O edifício dispõe igualmente de um laboratório virtual multidisciplinar e de mineralogia, além de um auditório com 320 lugares e uma biblioteca.

 

A infra-estrutura proporciona um ambiente inovador de aprendizagem alinhado com as actuais necessidades do mercado de ensino. Da grelha curricular, destacam-se cursos de Engenharia, Matemática, Mercado de Desenvolvimento Sustentável e Gestão Ambiental.

Depois da sessão inaugural, o Titular do Poder Executivo, acompanhado da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, visitou os compartimentos do Instituto, onde recebeu informações detalhadas sobre as especificidades de cada área.

 

Melhoria no abastecimento de água potável à região

O Presidente da República garantiu o alargamento e continuidade do programa de abastecimento de água potável em alguns municípios da província da Lunda-Sul que ainda enfrentam este desafio.

 

João Lourenço, que falava à imprensa, reconheceu que alguns municípios da província ainda têm enfrentado dificuldades no acesso à água potável. Porém, assegurou a intenção do Governo sob sua liderança em superar este desafio.

 

Questionado sobre a construção de sistemas de água nos municípios de Caconda, Dala, Muconda e Saurimo, onde se verifica um avanço nos três primeiros, excepto no município sede, por razões financeiras, o Chefe de Estado disse que, em relação à conclusão das obras em curso, a preocupação será atendida o mais breve possível.

 

Na sequência, e tendo em conta a nova Divisão Político Administrativa, João Lourenço fez saber que, mal chegou à cidade de Saurimo, teve um breve encontro com o governador, Daniel Neto, que apresentou o quadro da província da Lunda-Sul, incluindo os seus principais problemas.

 

“O governador Daniel Neto falou não apenas dos três municípios que já têm o problema praticamente resolvido, como também dos outros municípios, quer os antigos, quer os novos, que igualmente precisam de ter água. E isso está na nossa agenda”, pontualizou.

 

Desafios locais e as infra-estruturas

Entre as questões levantadas, a Centralidade General Txizainga, inaugurada em Março último no município do Cassengo, que até ontem continuava sem moradores, mereceu também a atenção do Chefe de Estado.

 

Confrontado sobre as razões do atraso na sua entrega e as medidas em curso para que sejam entregues às famílias, o Presidente da República disse que precisava fazer consultas junto dos seus auxiliares para saber, de facto, as razões da não-ocupação das habitações até à presente data. “Mas acredito que as razões são fortes, só que não me chegaram”, disse.

 

No âmbito dos projectos previstos na Lunda-Sul, João Lourenço reafirmou a construção do estádio de futebol, apesar de as obras estarem paralisadas. “Esta é uma garantia que deixei da última vez que cá estive, e sabe que não basta anunciar. Depois do anúncio, há um conjunto de procedimentos, além de haver ou não disponibilidade financeira. Portanto, mesmo havendo disponibilidade financeira, há um conjunto de requisitos que precisam ser cumpridos e, às vezes, leva tempo”, esclareceu o Presidente da República.

 

O Chefe de Estado acrescentou que o projecto se encontra numa fase em que é preciso ultrapassar requisitos que a lei impõe para que as obras possam efectivamente começar. “Mas reitero aqui a minha decisão de que Saurimo vai ter o estádio de futebol prometido”, acentuou o Presidente da República.

 

João Lourenço destacou a iniciativa das empresas públicas e privadas que, no quadro da sua responsabilidade social, têm realizado projectos no sector social, principalmente em prol das populações que habitam nas zonas onde operam.

 

Questionado se existe algum projecto específico de ensino dentro do Programa de Formação de Quadros virado para o sector Agrícola na região Leste do país, o Presidente da República esclareceu que a formação de quadros, não importa a especialidade, é feita em qualquer ponto do país.

 

“Não é possível colocarmos, para cada especialidade, infra-estruturas e centros de formação em todas as províncias”, disse, sublinhando que “teríamos de ter, no caso agora com 21 províncias, igual número de institutos para a formação em Agropecuária e noutras especialidades, e isso não é possível. Pode ser que algum dia implantemos aqui algum estabelecimento de ensino virado para a Agricultura”.

“Precisamos incentivar a Agricultura, mas incentivar a Agricultura não é apenas disseminar estabelecimentos de ensino pelo país”, assinalou o Presidente João Lourenço.

JA

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