As eleições presidenciais de 2026 podem não ser reconhecidas pelos Estados Unidos e outras nações aliadas caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não seja candidato.
Redacçāo
A avaliação já ventila entre lideranças de Washington e agora passa a ser considerada também no Brasil.
A análise de uma eventual recusa no exterior foi sinalizará pelo Flávio Bolsonaro, do PL-RJ, e se dá após o ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcar para 2 de setembro o início do julgamento de Bolsonaro.
O processo apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.
Flávio acusou o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, de “torturar a legislação” e “inventar crimes” com base em “narrativas”. Segundo ele, outros ministros do STF reconhecem que Moraes “foi longe demais”. Durante um evento no Rio de Janeiro, ao lado do governador Cláudio Castro (PL-RJ), o senador declarou: “Se as eleições de 2026 ocorrerem sem o presidente Bolsonaro, nós temos, sim, um previsível e trágico destino de a eleição aqui não ser sequer reconhecida pelos Estados Unidos”.
O parlamentar classificou Moraes como “ditador” e defendeu o projeto de anistia ampla, geral e irrestrita como “única saída honrosa” para o país.
Ele ainda acusou o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de usar Bolsonaro como “bode expiatório” para encobrir problemas, sobretudo na política externa. “A gente tem que parar de proteger aquele que tá destruindo a democracia a pretexto de preservá-la e voltar a focar nos problemas reais do nosso Brasil. Porque o problema do Brasil não é Bolsonaro.
O problema do Brasil é comida cara, é a dificuldade de geração de bons empregos, é a insegurança pública generalizada, a proliferação do crime organizado”, disse.
Na avaliação de Flávio, o ex-presidente sofre “perseguição injusta” e é tratado de forma “mais severa que traficantes perigosos”, o que comprometeria o Estado de Direito.
O senador também criticou a inclusão do pastor Silas Malafaia em inquérito conduzido por Moraes, chamando a medida de “vingança” e alegando que foi tomada “sem ouvir o Ministério Público”.

