
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, reforçou, este sábado, 6, em Addis Abeba, capital da Etiópia, durante que a cobertura universal da saúde é um grande compromisso do Estado, integrado na Estratégia de Longo Prazo “Angola 2050” e no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023–2027, alinhado às Agendas da Organização das Nações Unidas -2030 e da União Africana.
Sílvia Lutukuta, sublinhou que o Presidente da República João Lourenço, tem tido um papel determinante, na transformação profunda do sector da saúde em Angola.
A titular do ministério da saúde, fez saber ainda que o Chefe de Estado tem dado uma atenção especial ao sector social, em particular à saúde, sendo esta determinante para acelerar os avanços rumo ao ODS 3, Saúde e bem-estar.
Mais adiante, apontou os progressos do sector da Saúde em Angola como a expansão da Rede de Infra-estruturas sanitárias, para quem Angola passou de 2.612 unidades sanitárias em 2017 para 3.355 até ao 1.º semestre de 2025, com mais de 50% voltadas para os cuidados primários, como resultado do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios.
Em relação ao aumento dos números de profissionais da saúde, revelou que foram integrados 46.705 novos profissionais entre 2017 e 2024, incluindo 3.833 médicos e mais de 27 mil enfermeiros. Até 2028, está prevista a formação de 38 mil profissionais adicionais, com prioridade para medicina geral, familiar e áreas diagnósticas e terapêuticas.
“Colocar as pessoas no centro da nossa actuação é uma das marcas desta governação. A formação e especialização dos nossos quadros é crucial para garantir serviços de saúde de qualidade e com equidade”, adiantou.
Para Sílvia Lutucuta, a descentralização de recursos para os municípios, acompanhada de subsídios de isolamento e instalação aos profissionais em zonas remotas, promove uma responsabilidade compartilhada entre o Governo central e local.
A produção nacional de medicamentos essenciais e vacinas, ressaltou, é uma prioridade estratégica, apoiada por políticas de incentivo à indústria nacional e mecanismos de compras agrupadas financiadas pelo Orçamento Geral do Estado.
Disse que Angola adopta soluções inovadoras, como a afectação de receitas provenientes de álcool, tabaco e bebidas açucaradas, e estuda a introdução de seguros comunitários e parcerias público-privadas.
A titular do sector da saúde, apontou também, que com base no último inquérito nacional, Angola registou progressos significativos nos principais indicadores de saúde, nomeadamente na redução da mortalidade materna para 170/100.000 nados vivos, diminuição da mortalidade neonatal para 16/1.000, queda da mortalidade infantil para 32/1.000 nados vivos.
“Defendemos uma partilha activa de dados epidemiológicos, investimentos conjuntos em laboratórios regionais e respostas coordenadas a emergências sanitárias. Juntos, podemos construir sistemas de saúde resilientes, com benefícios reais para os nossos povos” disse Lutukuta.