15 de Setembro, 2025

Na República Democrática do Congo (RDC), os juízes do julgamento de crimes de guerra do ex-presidente, Joseph Kabila, adiaram seu veredicto até 19 de Setembro, a fim de considerar novas evidências.

De acordo com a imprensa local, uma reviravolta de última hora no julgamento de crimes de guerra de Joseph Kabila na sexta-feira, quando os juízes do Supremo Tribunal Militar da RDC forçou o adiamento do seu veredicto por uma semana.

 

O ex-presidente é acusado de conspirar com o grupo paramilitar M23, apoiado por Ruanda, e enfrenta a pena de morte se for condenado.

 

O atraso ocorreu depois que os advogados que representam o Estado pediram aos juízes que revisassem novas evidências, incluindo depoimentos de testemunhas que dizem poder vincular Kabila a contas bancárias supostamente usadas para financiar o M23.

 

Os advogados também pediram que as acusações de traição fossem reclassificadas como espionagem, depois de levantar dúvidas sobre a nacionalidade de Kabila.

O Tribunal considerou as provas admissíveis e adiou a audiência para 19 de Setembro.

 

O especialista em Relações Internacionais Adalberto Malú considerou que o pedido das autoridades judiciais da RDC, para a condenação ao ex-Presidente Joseph Kabila, é um passo de grande gravidade que pode incendiar a tensão naquele país vizinho.

 

Para Adalberto Malú, este acto pode ser lido como uma manobra política do actual poder para neutralizar adversários históricos.

 

Joseph Kabila, que liderou o Congo de 2001 a 2019, está sendo julgado desde Julho, e também enfrenta acusações de assassinato e estupro.

 

O ex-Presidente da RDC estava em exílio auto-imposto desde 2023, mas em Abril chegou à cidade oriental de Goma após sua captura pelos rebeldes, sendo sua localização actual é desconhecida e está sendo julgado à revelia.

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