
O Banco Mundial destacou, na quinta-feira, os avanços positivos do Programa de Formação de Recursos Humanos em Saúde em Angola, sublinhado que a meta é ambiciosa, mas alcançável.
Esta avaliação foi feita pelo Task Team Leader do Banco Mundial para Angola, Humberto Cossa, durante uma visita oficial às futuras instalações do Ministério da Saúde, no âmbito do Projecto de Formação de Recursos Humanos para a Cobertura Universal da Saúde (PFRHS).
Segundo uma nota de imprensa, a visita teve como objectivo principal avaliar o progresso técnico e operacional de um dos projectos mais estratégicos para o sector da saúde em Angola, cuja sessão de trabalho foi conduzida pelo coordenador e Gestor Técnico do Projecto, Job Monteiro.
Na ocasião, Humberto Cossa destacou o compromisso das autoridades angolanas com a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, sublinhando o papel crucial da formação de quadros nacionais.
“É visível o esforço sério e coordenado que está a ser feito em Angola para formar recursos humanos qualificados. O volume de profissionais já capacitados é impressionante e posiciona o país como exemplo de boa prática na região”, afirmou Humberto Cossa.
Visão estratégica
Para o alto responsável do Banco Mundial, o projecto está a avançar de forma estruturada, tendo encorajado a equipa a manter o foco nos resultados e a continuar a trabalhar com rigor técnico e visão estratégica.
O Task Team Leader do Banco Mundial para o Projecto de Formação do MINSA recomendou, ainda, que se aprofunde a análise sobre a mobilização de formadores e sublinhou a importância de expandir o impacto do projecto ao longo do Corredor do Lobito, garantindo serviços médicos mais rápidos, acessíveis e eficientes para as populações locais.
A UIP apresentou os resultados já alcançados até Agosto de 2025, que foram considerados altamente positivos realçando que 10.570 profissionais de saúde foram capacitados, dos quais 57% são mulheres, reflectindo o compromisso com a equidade de género, através de formações realizadas em todas as categorias profissionais e níveis do sistema de saúde.
Apontou a distribuição do número de bolseiros locais enviado para formação com destaque para Angola (9.735), Brasil (503), Portugal (190), Cuba (136), (Espanha) México, Chile, Itália; África do Sul e Índia.
O PFRHS representa um investimento total de 200 milhões de dólares norte-americanos e tem como meta a formação de 38.000 profissionais até 2028, sendo 80% das formações realizadas em território nacional, numa clara aposta no fortalecimento da capacidade formativa interna e na redução da dependência externa.
Na visão de Job Monteiro, o progresso registado valida a estratégia adoptada, cujos resultados alcançados no primeiro ano e meio de implementação confirmam o impacto positivo do projecto e o seu alinhamento com as metas nacionais de cobertura universal da saúde.
“Este é um reconhecimento que pertence a toda a equipa que, diariamente, contribui para o sucesso desta iniciativa”, realçou.