25 de Outubro, 2025

O Conselho Nacional de Juventude (CNJ) suspendeu a União Nacional dos Estudantes Angolanos (UNE-Angola) das suas atividades na plataforma, por alegada violação de princípios éticos e morais, bem como por ações consideradas prejudiciais à imagem e estabilidade institucional do órgão representativo da juventude angolana.

A decisão resulta da 16.ª Reunião Extraordinária da Comissão Directiva do CNJ, realizada nesta quinta-feira, (23), em Luanda, onde foram analisados os acontecimentos recentes envolvendo o ex-presidente da UNE-Angola, Mário Fernandes, e a declaração do Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD) sobre o fim do mandato de Isaías Domingos da Cunha Mateus “Kalunga” na liderança da organização estudantil.

Em comunicado enviado ao Estado News, o CNJ afirma que Mário Fernandes, em coordenação com um grupo de jovens e alguns funcionários do Ministério, tem desenvolvido ações no sentido de “desacreditar todo o trabalho feito com sacrifício e espírito de missão em prol da juventude angolana”.

Segundo o documento, essas condutas “violam gravemente os valores morais e éticos” defendidos pelo CNJ, entre eles a verticalidade, lealdade e razoabilidade, além de comprometerem a boa relação institucional existente entre o Ministério da Juventude e Desportos e o próprio Conselho Nacional de Juventude.

A Comissão Directiva enfatiza ainda que o CNJ é uma instituição com estatuto próprio e autonomia de gestão, cabendo-lhe dirimir conflitos internos e convocar Assembleias de Balanço e Renovação de Mandatos, sem interferência externa.

“Assim sendo, a conduta assumida pela UNE-Angola viola os princípios que regem esta plataforma, razão pela qual a Comissão Directiva propõe ao Conselho Fiscal e Jurisdicional a suspensão da organização”, lê-se no comunicado.

O CNJ termina reafirmando o seu compromisso com a unidade da juventude, apelando à coesão e ao patriotismo das organizações filiadas.

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