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Nova fábrica de silício no Bengo promete transformar a economia local e gerar centenas de empregos

Um investimento de 85 milhões de dólares marca novo impulso na industrialização de Angola e reforça parceria com a China.

O Ministro da Indústria, Rui Minguêns de Oliveira, inaugurou esta quinta-feira, (30), no Bengo, a Fábrica de Silício Metálico da Dadi-Juneng Angola, um investimento de 85 milhões de dólares que promete impulsionar a industrialização e gerar centenas de empregos na província.

A unidade industrial, instalada numa área de 50,8 hectares, foi erguida em apenas um ano e conta com dois fornos com capacidade de produção de 1.000 toneladas de silício metálico por mês cada um. O complexo inclui ainda um sistema ambiental moderno, subestação elétrica de 220 KVA e centro de tratamento de água com capacidade para 8.000 metros cúbicos.

Durante a fase de construção, o projeto criou 860 postos de trabalho, dos quais 800 foram ocupados por angolanos, e prevê operar com 500 trabalhadores nacionais e 50 expatriados.

Na cerimónia de inauguração, o ministro Rui Minguêns de Oliveira destacou que o investimento “é uma prova da confiança no futuro económico de Angola e da determinação dos investidores estrangeiros em contribuir para o desenvolvimento do país”.
O responsável deste departamento ministerial sublinhou ainda que a fábrica reforça a visão do Executivo de consolidar a industrialização como pilar essencial do crescimento sustentável.

> “Este é mais um passo no caminho da diversificação económica e da criação de oportunidades para os jovens angolanos”, afirmou o governante, acrescentando que a parceria com a China “deve ser também um canal de transferência de conhecimento e tecnologia”.

A Governadora Provincial do Bengo, Maria Antónia Nelumba, mostrou-se igualmente confiante no impacto do empreendimento:

> “O Bengo está a dar passos seguros rumo à industrialização. São mais de 20 unidades fabris inauguradas em apenas dois anos, o que demonstra que estamos no rumo certo”, referiu.

Entre os cidadãos presentes, ouvidos pelo Estado News, o clima era de otimismo.
Ana Miguel, residente em Caxito, acredita que a fábrica trará novas oportunidades para os jovens:

> “Há muitos rapazes e raparigas formados que ainda estão em casa. Com esta fábrica, esperamos ver mais empregos e estabilidade para as famílias.”

Por sua vez, Costa Manuel, vendedor ambulante, vê na chegada da indústria uma oportunidade indireta:

> “Mesmo quem não trabalhar lá dentro vai sentir o efeito. Com mais gente a trabalhar, haverá mais movimento, mais negócios, mais vida na província.”

Para Rosa Morena, estudante universitária, o projeto tem também um valor simbólico:

> “É bom ver empresas a nascerem fora de Luanda. O Bengo precisa de crescer e mostrar que pode ser um polo industrial importante do país.”

A cerimónia contou com a presença do Embaixador da China em Angola, Zhang Bin, do Presidente do Conselho de Administração da Dadi-Juneng, Chen Guohe, representantes da APIEX, quadros do Ministério da Indústria e Comércio, membros do Governo Provincial e distintos convidados.

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