O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, recentemente, em Malanje, um homem de 54 anos de idade, suspeito de ter ocultado o corpo do próprio irmão, de 64 anos, que terá falecido por doença, no passado dia 12 de Outubro de 2025, na residência familiar, arredores do barro carreira de Tiro, no município do Quéssua.
Segundo dados divulgados pelas autoridades, o suspeito justificou a ocultação do cadáver alegando falta de condições financeiras para a realização das cerimónias fúnebres.
O corpo da vítima foi, alegadamente, lançado numa fossa no quintal da casa. O SIC instaurou um processo-crime por atentado contra a integridade de restos mortais, estando o caso agora a seguir os trâmites legais.
O psicólogo clínico João Ndoze considera que situações como esta “reflectem o impacto da pobreza extrema e da exclusão social sobre o comportamento humano”. Segundo o especialista, “a ausência de apoio psicológico e social pode levar indivíduos em situação de vulnerabilidade a tomar decisões desesperadas, sem consciência plena das implicações legais e morais”.
Para o psicólogo, é fundamental que os serviços sociais e comunitários intervenham de forma preventiva, oferecendo orientação e suporte emocional às famílias em situação de carência.

