O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, afirmou esta terça-feira, (11), durante o acto central das comemorações do quinquagésimo aniversário da Independência Nacional, que Angola é hoje uma nação determinada a vencer obstáculos e a afirmar-se no continente africano e no mundo.
No discurso proferido na capital, perante Chefes de Estado, delegações estrangeiras e membros do Executivo, João Lourenço recordou o feito histórico de 11 de Novembro de 1975, quando o saudoso Dr. António Agostinho Neto proclamou a Independência Nacional, tornando-se o primeiro Presidente do país.
O Chefe de Estado destacou o significado especial das celebrações deste ano, que coincidem com a presidência temporária de Angola na União Africana, facto que, segundo disse, “reforça o prestígio e a responsabilidade do país na projeção de África no mundo”.
João Lourenço expressou gratidão aos países e organizações estrangeiras pelo apoio prestado à luta de libertação, à consolidação da soberania nacional e à reconstrução do país. “Agradecemos a todos os que acreditaram nas nossas reformas e estão a investir no desenvolvimento económico e social de Angola”, sublinhou.
Ao assinalar os 50 anos de independência, o Presidente lembrou também as grandes etapas da história recente do país: os 37 anos da Batalha do Cuito Cuanavale, considerada determinante para a queda do regime do apartheid e para a independência da Namíbia, e os 23 anos de paz que puseram fim ao conflito armado interno.
“Ultrapassados estes três grandes obstáculos – a colonização, o apartheid e a guerra, Angola tem agora como prioridade a consolidação da economia, a paz e o desenvolvimento social”, afirmou.
O estadista frisou que o governo tem concentrado esforços na melhoria do ambiente de negócios, na diversificação da economia e na atração de investimento estrangeiro direto, destacando as reformas que têm sido implementadas para criar um clima favorável ao investimento.
João Lourenço adiantou ainda o combate à fome, à pobreza e às desigualdades sociais como objetivos centrais do Executivo, bem como o compromisso em garantir maior acesso à educação, saúde, habitação, água e energia.
O Presidente referiu que a paz alcançada há 23 anos permitiu ao país dedicar-se às tarefas de reconstrução e desenvolvimento. “Chegou a hora de desarmarmos os espíritos e as mentes, para nos concentrarmos nas tarefas do progresso”, disse.
No encerramento do seu discurso, o Chefe de Estado apelou à unidade nacional e à estabilidade política, pedindo que “as disputas e querelas partidárias não desviem o foco dos angolanos do essencial: o trabalho, o desenvolvimento e o bem-estar do povo”.

