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“Conflitos internos podem travar processos legais”, afirma jurista Simão Afonso

O conflito interno entre militantes do Partido Humanista de Angola (PHA) tem força para travar a tomada de posse do seu representante na Comissão Nacional Eleitoral (CNE), desde que seja formalmente comunicado às instâncias judiciais, afirma o jurista e analista, em entrevista ao Estado News, Simão Afonso. Foi o que aconteceu neste caso, com a apresentação de uma providência cautelar ao Tribunal Constitucional.

Na quarta-feira, (19), a Assembleia Nacional retirou da agenda o ponto que previa a tomada de posse do indicado do PHA para a CNE, após receber orientação oficial do Tribunal Constitucional.

Ao abrir os trabalhos da 3.ª Reunião Plenária Ordinária da IV Sessão Legislativa da V Legislatura, o Presidente da Assembleia Nacional, Adão de Almeida, informou o Plenário sobre a recepção de um ofício proveniente do Tribunal Constitucional.

> “Solicita-se que a Assembleia Nacional se abstenha de conferir posse ao membro designado pelo PHA para a Comissão Nacional Eleitoral”, leu Adão de Almeida perante os deputados.

Tendo em conta que a providência cautelar tem efeitos suspensivos sobre o processo, a Mesa propôs a retirada do ponto da ordem do dia, submetendo a decisão à votação.

O Plenário deliberou com 164 votos a favor, 2 contra e 0 abstenções, decidindo adiar a tomada de posse até que o Tribunal Constitucional se pronuncie definitivamente sobre o caso.

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