Um grupo de funcionários da empresa de segurança privada KSP denunciou a prática de salários abaixo do mínimo nacional, ausência de subsídios e atraso no pagamento do salário referente ao mês de Outubro.
Segundo os trabalhadores, que estão destacados para proteger antenas de telefonia móvel da Africell, o salário mensal continua fixado em 50 mil kwanzas, apesar do reajuste oficial que estabeleceu o salário mínimo nacional em 100 mil kwanzas.
Além disso, afirmam não receber subsídio de transporte, alimentação ou qualquer outro apoio laboral básico. Insatisfeitos, pedem a intervenção das autoridades competentes para garantir o cumprimento das normas impostas pelo Governo.
A redação do Estado News contactou a direção da referida empresa, representada pelo PCA identificado apenas como Miranda, que informou estar em reunião e prometeu retornar a chamada. Porém, tal não aconteceu. Reitera-se que todas as tentativas adicionais para obter esclarecimentos resultaram em silêncio absoluto por parte da empresa.
A equipa de reportagem dirigiu-se às instalações da Africell na tentativa de ouvir a empresa sobre a situação. No entanto, não havia nenhum responsável disponível para falar no momento. A recepção garantiu que a empresa entraria em contacto posteriormente, o que não se verificou até ao fecho desta matéria.
De recordar que recentemente, o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) reafirmou que todas as empresas que insistirem em práticas laborais irregulares serão notificadas e responsabilizadas.
A campanha de fiscalização abrange sectores como comércio, indústria, prestação de serviços, segurança patrimonial, transportes e educação, com o objetivo de valorizar o esforço e a dignidade de cada trabalhador.
O inspector-geral adjunto da Inspeção Geral do Trabalho (IGT), Leandro Cardoso, recordou que o Decreto Presidencial n.º 152/24, de 17 de Fevereiro, definiu o salário mínimo nacional em 100 mil kwanzas, tendo sido dado um prazo de 12 meses para sua implementação.

