Outubro 6, 2024

POR: ADÉRITO DE JESUS – JORNALISTA E CONSULTOR DE COMUNICAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Luanda continua a ser uma das capitais do mundo desejadas por uns e odiadas por outros.

O desejo está ligado ao clima tropical, às praias, aos museus e a uma forte liberalização no contexto dos negócios, apesar do ceticismo de parte da classe empresarial.

O ódio, por sua vez, está atrelado ao alto custo de vida e à falta de saneamento básico, o que tem implicado em um dos principais problemas de saúde pública.

Um exemplo são as escavações em curso, que visam realizar o sonho da água para todos, mas cuja estratégia não foi bem articulada.

As principais zonas urbanas de Luanda ainda enfrentam escassez de água potável, iluminação pública, falta de semáforos (em um trânsito tradicional na era digital), segurança, violações dos direitos humanos consagrados na Constituição e na Carta Universal das Nações Unidas, além da má gestão e manutenção dos bens públicos.

Ainda sobre as escavações, é necessário que o Ministério da Saúde condene os danos causados por obras que não consideram a reposição do asfalto, a manutenção dos passeios e a reorganização da venda ambulante, visando evitar outros problemas de saúde pública ligados à poluição ambiental, especialmente com a aproximação do período chuvoso.

Ao Ministério das Obras Públicas, é fundamental a contratação de empreitadas que respeitem os tratados e padrões internacionais de construção civil e urbanística. Destruir para solucionar um problema não é a alternativa ideal.

Para o governo local, é importante ouvir o grito de socorro dos munícipes, buscando sempre o diálogo com as comunidades e promovendo a inclusão e a governança participativa.

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