Janeiro 15, 2025

Em declarações à imprensa nesta quarta-feira (15), a Princesa Uenankenda Bomengo, gestora do Uenankenda Atelier, um dos renomados ateliês do Reino de TadiDiambuisu vó TadiDiantedimisi, destacou que as vestes representam mais do que simples peças de vestuário: são símbolos de conhecimento, pureza, honra, realeza e glória de Nzambi Tata, o Criador de Todo Sistema Universal.

A princesa salientou que, sob a orientação do Rei do povo Bantu, as vestes expressam decência e sabedoria, além de reflectirem o nível de entendimento da verdade espiritual.

Uenankenda Bomengo enfatizou que a Lei de Tadi, ensinada pelo Rei TadiDiambuisu vó TadiDiantedimisi, rege todos os aspectos da vida, incluindo a forma de vestir. “Quanto mais conhecimento da verdade a pessoa tiver, mais ela entenderá a importância de cobrir seu corpo com decência”, afirmou.

Uenankenda Bomengo também explicou como as vestes são adaptadas conforme o gênero, com normas específicas sobre os estilos, cortes e até mesmo o lado correto para abotoar as roupas, respeitando a hierarquia universal ensinada pelo Rei. “As mulheres não usam calças, e os homens não vestem roupas femininas. Cada gênero tem vestes específicas que refletem sua posição no universo”, destacou.

Disse que as vestes tradicionais do povo Bantu carregam símbolos importantes, como letras e números ancestrais, além das insígnias de soberania. As cores também têm significados profundos: o preto simboliza justiça, enquanto o púrpura é reservado exclusivamente para o Rei e quem ele autorizar.

Quanto aos materiais, a tradição orienta ao uso de tecidos naturais, como algodão, lã e linho, rejeitando materiais derivados de animais. “Vestir-se de acordo com a nossa tradição é respeitar a saúde e a espiritualidade do corpo”, reforçou a Princesa.

A Princesa destacou ainda os desafios de preservar as vestes tradicionais num mundo globalizado, onde os padrões ocidentais muitas vezes são vistos como superiores. Tendo criticado a influência da colonização, que deturpou a verdadeira cultura do povo Bantu.

“Hoje as pessoas andam nuas nas ruas e ainda são elogiadas. Nosso corpo não é televisão pública para qualquer um assistir. Precisamos resgatar a decência e aprender novamente com o Grande Rei”, disse.

Para Uenankenda Bomengo, as vestes tradicionais não são apenas uma questão de aparência, mas uma forma de preservar a identidade cultural e espiritual do povo Bantu.

“É hora de o mundo aprender conosco, com o nosso povo e com a nossa cultura. As vestes não são apenas tradição; são a manifestação da nossa verdade e justiça universal”, concluiu a Princesa.

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