Fevereiro 5, 2025

O nacionalista e histórico militante da antiga União das Populações de Angola (UPA), actual FNLA, faz uma viagem sobre os 50 anos de Independência Nacional, fala sobre o descalabro do Governo de Transição (GT), do favorecimento da antiga potência colonial ao MPLA, a quem entregaram o poder.

Redacção

O nacionslista enaltece o combate à corrupção apesar de selectivo, critica o estado de abandono de muitos dos activos recuperados e repudia o discurso inflamado no xadrez político.

Mas pode reviver a história para as novas gerações.

Cinquenta anos depois da Independência, nós não podemos estar a esconder o oceano, “expressão é minha”. A parte portuguesa não estava preparada para deixar Angola e, se todos estão recordados, naquela época, os comunistas mandavam em Portugal.

E foi o partido Comunista, através do movimento das Forças Armadas, que conduziu o processo de descolonização. Nem cegos, nem mudos, apercebemo-nos muito mais em Alvor que Portugal já tinha um parceiro.
Como assim? Pode explicar-se?
O parceiro era o MPLA e dizia-se na altura por razões ideológicas e culturais. Com este espírito e nessa base, tudo foi torpedeado e o governo não funcionou. Houve roptura. E a parte portuguesa tentou ainda um noivado entre o MPLA e a UNITA, que, naquela altura, era o elo mais fraco da corrente. Desculpa aos irmãos da UNITA por dizer isso, não estou a insultá-los, mas era verdade. Foram até Portugal e lá não se entenderam. A intenção era isolar a FNLA, mas, infelizmente, eles não conseguiram entendimento. O governo não funcionou e já sabia o resto.

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