Março 19, 2025

A Associação de Tenistas Profissionais (PTPA), cofundada por Novak Djokovic, iniciou um processo contra a ATP, WTA e ITF. Prática anticompetitiva e desrespeito pelo bem-estar dos jogadores na base da ação legal.

Redacção

A Associação de Jogadores de Ténis Profissionais (PTPA) apresentou uma queixa de 146 páginas no Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Nova Iorque, solicitando um julgamento com júri. Segundo a BBC, que teve acesso à documentação, a acção alega que os jogadores profissionais estão «presos num jogo manipulado» e têm «controlo limitado sobre as suas carreiras e marcas pessoais».
A PTPA contesta o calendário de torneios, o sistema de classificação e o controlo exercido pela ATP e pela WTA sobre os direitos individuais dos atletas.
Além da PTPA, os signatários da ação judicial são Novak Đokovic e Nick Kyrgios, juntamente com outros dez jogadores.
Relata-se que a digressão está sob controlo monopolístico e exigem compensações da ATP, WTA, ITF, bem como da Unidade de Integridade da ITIA. Além de Nova Iorque, o processo foi iniciado no Reino Unido e também União Europeia.
O ténis está destroçado. Por trás do glamour promovido, os jogadores estão presos num sistema injusto que explora o seu talento, reduz os seus ganhos e põe em risco a sua saúde e segurança. Esgotámos todas as opções para tentar o diálogo e alcançar mudanças, não nos deixaram outra escolha. A resolução dos problemas sistémicos não implica prejudicar o ténis de forma alguma; trata-se de o salvar para as gerações de jogadores e adeptos que virão.
Na PTPA consideram que a ATP, WTA, ITF e ITIA agem como um cartel, alegando que os torneios assinam contratos com orçamentos pré-acordados para impedir a entrada de potenciais rivais no mercado.
A acção judicial também visa a alteração do calendário
Os jogadores argumentam que a temporada, com 11 meses de duração, não lhes permite tempo suficiente para recuperar, considerando ainda os horários e as condições climáticas dos treinos, prejudiciais à sua saúde.
Queixam-se das frequentes lesões devido às más condições e do controlo exercido pelas organizações sobre os seus direitos pessoais e rendimentos. Os atletas já tinham reclamado diversas vezes sobre a percentagem insuficiente que recebem dos lucros dos torneios, especialmente nos Grand Slams. O objetivo do processo, afirmam, é alcançar um tratamento justo e respeitoso. “Sou dos que tiveram mais sorte, mas mesmo assim já tive de dormir no carro a caminho de torneios no início da minha carreira. Imaginem dizer a um jogador da NFL que tem de dormir no carro na véspera de um jogo? É absurdo e nunca mais vai acontecer. Nenhuma outra modalidade trata os seus atletas desta forma” , conta Vasek Pospisil

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